Querida Lais
Quando comecei a digitar essa carta, pensei em falar sobre o
poder do abraço. Hoje você me deu um abraço tão longo, tão apertado e feliz que
me senti flutuando no espaço de tanto amor que recebi. Você realmente é um
anjo.
Dai entrei aqui no blog para começar a “produção” e vi os
comentários da tua mãe. Pronto, voltei
para o espaço novamente. E hoje, vamos falar dela.
Sagitariana, espoleta, espontânea, cheia das vontades e das gírias.
Linda, cheia de brilho, meio impaciente, firme, sorridente, vaidosa, protetora,
esperta, antenada, mirabolante.
Tua mãe, minha irmã, nosso amor. Minha primeira grande
amiga, confidente, primeira inimiga, porque a gente quando é criança não
entende a importância de um irmão, a necessidade, a saudade.
Irmão é um pedaço nosso, com um pedaço de nossos pais, com
um pedaço desconhecido, intrigante. Que
nos desafia, invade nosso espaço, ensina a importância do dividir, do ceder, do
planejar.
Quero que você puxe muitas coisas dela. Os dons artísticos, creio
que você já puxou. Quero que você tenha
a leveza dela. O sorriso largo, o abraço quente, aquela que acolhe os amigos a
qualquer hora, na chuva, no sol. Tua mãe
se entrega a vida. As emoções, ao amor,
a família, a superar suas curiosidades. Teimosa, não larga o osso até terminar
de roer.
Adoro o jeito que tua mãe demonstra que sabe o que quer,
seja escolher o presente de aniversário, seja o que quer comer, aonde quer ir.
Ela fala, assume, dá à cara a tapa.
Tua mãe nunca foi muito fã da literatura, mas vou contar uma
coisa que acho que nunca contei pra ninguém.
Quando criança, ela me dava os livros de histórias dela pra ler e depois
me fazia perguntas. Acho que ali começou esse grande amor pela leitura. Devo
isso a ela, de certa forma.
Devo tanta coisa mais. As lições, as cervejas, os cigarros
partilhados. O não ter medo de falar o que quer que seja. E até o bom gosto musical ( acredite Lais,
antes de sua mãe se bandear pro lado sertanejo, ela ouvia muito rock e coisa
boa) Gravar fitas da rádio. Os desenhos da escola. As maquetes. O dia que ralei
os joelhos porque queria comprar uma revista ( ela chegou da escola e foi lá
comprar pra mim)
Enfim Lais, tão imenso como é o meu amor por você é o meu
amor pela minha irmã. E mesmo perdendo os desafios de cerveja, estar ao lado
dela sempre é uma alegria, uma renovação.
Aproveite, depois de mim, você tem a melhor mãe do mundo.
E como nunca é demais, amo vocês.
Choreiiiiiiiiiiiiiii largadaaaaaaa! Sem palavras para descrever a emoção que senti ao ler isso! Te amo mano (ficou estranho, vou mudar) TE AMO DINDOOOOOOO! Pq além de maninho vc é dindinho!
ResponderExcluir