quarta-feira, 9 de julho de 2014

Diane Keaton e eu!

Querida Diane

Hoje você ganhará a cartinha do tio aqui. Na semana passada você causou risadas, alegrias, emoção, diversão, me faz voltar pra casa abraçado a um livro olhando pela janela do ônibus as paisagens do meu dia a dia com outro olhar..

Agora e Sempre, sua autobiografia é um dos livros mais sinceros e tocantes que já li. Seja pelas suas relações amorosas, pelo bilhetinhos do Woody Allen ( tio woody tá merecendo uma cartinha), pelo seu encontro com Marlon Brando, tuas experiências teatrais, teu Oscar, Audrey Hepburn ( ai ai) e pela maneira com que você analisa a sua vida de uma forma clara( para nós, para você deve ter sido um tormento com gosto agridoce) e objetiva, sem rodeios.

Uma atriz talentosa, uma mulher corajosa por assumir a bulimia, por adotar filhos após os 50, por criticar seus próprios trabalhos...
Enfim o livro é um prato cheio pra quem gosta de uma boa biografia. Mas além dos fatores citados acima, preciso destacar duas coisas:

A maneira com que você revistou as memórias da sua brilhante mãe, uma pessoa genial, sensível, um talento. A história de sua família, a maneira com que ela registrou isso. Somos formados por tudo aquilo que aprendemos e acima de tudo pelo o que a convivência em família nos ensina, pois crianças, somos guiados pelos exemplos, pelo que observamos acontecer a nossa frente. Não quero ser clichê, mas continuo achando a base familiar a coisa mais importante para uma pessoa ser sadia e isso não implica que a vida será perfeita, mas sim mais saudável, com menos traumas. Isso me fez refletir sobre o tempo que dedicamos a nossos entes queridos. Que saudade eu tenho, de quando criança, a família se reunir na hora do jantar. Vejo cada vez isso acontecendo menos e isso me deixa triste. Eu queria que todas as crianças tivessem o que a Lais tem : uma família unida, amorosa e carinhosa. Eu queria que abraços e declarações de amor, fossem feitas com mais frequências e menos em datas especificas. Estou querendo demais?

Diane, obrigado por amar e demonstrar o amor pela sua mãe. Isso me lembra que mesmo uma estrela de Hollywood tem anseios e sentimentos comuns a todos nós

Sobre os momentos que abracei o livro: Lembro um com risadas e outros com lágrimas nos olhos.

Ri quando você fala das suas experimentações artísticas. Você tenta de tudo, é incansável. Eu faço isso há algum tempo e agora que comecei a publicar poemas, fiz o blog. Você me deu força, amiga!

Sobre a lágrima: quando você conta das perdas da sua vida, sejam amorosas, familiares ou da sua própria inocência. As vezes conforme os anos vão passando, vamos perdendo tantas coisas e pessoas, mas não podemos deixar de abrir os olhos (e o coração) pelo que vem de novo, mesmo que isso dê medo pra caramba!

Obrigado!

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