sexta-feira, 17 de abril de 2015

Todo mundo deveria ser meio Leila Diniz

Olá pessoal!

Concluída a leitura de Toda Mulher é meio Leila Diniz de Mirian Goldenberg , venho aqui falar um pouco sobre essa personagem fascinante da nossa história.

Lembro que a primeira imagem que tenho de Leila é uma foto em uma revista com a frase : "Um cafuné na cabeça, malandro eu quero até de macaco"

O livro de Miriam , não é uma simples biografia. É um estudo antropológico sobre comportamento, escolhas e influências. È um retrato de uma época careta, em que todos estavam preocupados  em fiscalizar a vida alheia ( tipo como hoje, sabem?). Através de depoimentos de familiares, amigos, a autora busca entender porque Leila virou esse mito que ultrapassa o limite do tempo. Buscando citações ( tem até Foucault!), ela nos conduz pela infância, analisa Leila como atriz e sua maneira de interpretar, a repercussão da entrevista ao Pasquim, e a ansiedade de Leila em ser mãe

Busca entender também aspectos desconhecidos da vida de Leila, nos levando a reflexão de como somos modificados pelos ambientes que vivemos, assim modificando os que iremos viver mais pra frente.

Todos somos isso. Experiências, dores, amores. Leila falava muito palavrão, mas de uma forma natural e espontânea e não para agredir ninguém. Leila dava pra quem quisesse, mas não para levantar nenhuma bandeira e sim porque gostava. Leila saia de biquíni, grávida, pra tomar banho de sol e não para ganhar capa de revista.

Traiu, riu, sambou, bebeu, falou, fez teatro, fez novela , fez filme, fez o que quis.. Para se descobrir, e começar tudo de novo. Mas por ela e não por nenhuma causa.



O fato de ter morrido cedo, em um acidente de avião, colaborou muita para a criação de mito, mas eu me pergunto.. Porque todos nós não somos um pouco mais Leila Diniz?

Porque nos preocupamos tanto com as opiniões dos outros e não simplesmente, vamos em frente?
Porque não nos damos mais , nos entregamos, amamos várias vezes, sem medo e sem rótulos?
Porque não vamos atrás do que queremos, baseado em pessoas, em se sentir bem e não apenas em ter, aparecer, ganhar likes e destaque?
Porque não temos mais humor, mais descontração sem tanta cagação de regra?
Porque precisamos tanto de atenção dos outros e nos escondemos, não saímos, vemos gente, bebemos, socializamos?

E eu?
Porque comecei o texto falando do livro e ele foi ficando tão pessoal? Influência da Leila?
Porque não arrisco mais? Não tento, não vou?

Não sei, mas quando você começa a se questionar , talvez encontre a força que te conduza em novas jornadas.

Puta merda, a gente mais erra que acerta, mas eu sempre acho que a nossa essência vem mais desses erros, daquilo que falhamos e acabamos criticando quando encontramos alguém que faz a mesma coisa e nos desagrada. Aquele reconhecimento que fere o orgulho e doí.

Como Leila temos que parar de mortificar o amor, e passar a viver dele.

Esquecer um pouco a embalagem da vida e se deliciar com o conteúdo.

Lembra até um pouco a Piaf, que dizia, ame, ame e ame.

Eu peço desculpas se esse texto está meio sentido, ou com alguns clichês daqueles que fazem parte da vida da gente, mas precisava soltar esse texto.


Viver, intensamente, é você chorar, rir, sofrer, participar das coisas, achar a verdade nas coisas que faz. Encontrar em cada gesto da vida o sentido exato para que acredite nele e o sinta intensamente.
Leila Diniz


segunda-feira, 13 de abril de 2015

ABBA, o tempo, e um livro inesquecivel.

Voltei.

O tipo de livro que mais gosto são biografias. Lembro até hoje da primeira que li ( Mais pesado que o céu, biografia do cantor Kurt Cobain) e de que como minha vida mudou a partir daquele momento.
De como fiquei mais curioso pelas pessoas, de como passei a interagir mais com os colegas e até com gente no ponto de ônibus, em filas. De como descobri coisas fascinantes sobre meus ídolos.
Acho até que meu gosto pela escrita e pelo cinema vem daí. Sabe quando uma coisa puxa a outra.

ABBA sempre fez parte da minha vida musical. Não sei ao certo a primeira vez que ouvi, mais a paixão por esse quarteto sueco, me acompanha desde "chiquitito"

Cada canção do grupo é única, marcante, dançante. Poucas bandas tem tantas músicas boas e que permanecem no imaginário popular há muitas décadas.

Sempre quis saber o porque do fim da banda, como se conheceram, os divórcios, o que fizeram após a separação.... E descobri, mas, melhor do que contar a vocês, vou indicar uma das melhores biografias lidas por mim nos últimos tempos.

Esse trabalho do meu querido amigo Daniel Couri, é emocionante e obrigatório para os fãs e para quem aprecia boas biografias. Mais do que contar a história, ele mostra a influência da banda não apenas na música, e sim na moda, nos videoclipes, na economia e nos faz conhecer um pouco mais da gélida Suécia.

Cheio de curiosidades interessantes, sem nunca apelar para fofocas ou achismos, Daniel constrói um documento histórico sobre um dos maiores fenômenos do século 20, que anos após o fim , voltou as paradas de sucesso.


Traça um perfil de cada membro ( me apaixonei por Agnetha de uma maneira <3) e expõe com naturalidade as razões do sucesso, do auge e do fim.

O tipo de livro que nos lembra momentos da vida, seja pelas músicas que embalaram nossos momentos, seja pela identificação com os membros, seja pela sensação de nostalgia, de uma época que o mundo era mais inocente e arrisco dizer, mais sincero.

Está tudo aqui: o Eurovision, o sucesso na Austrália, os casamentos, as surpresas familiares, curiosidades dos quartos de hotel, um balsamo para os fãs dessa carismática banda.

Leiam!

Duas coisas são certas: o ABBA através de suas canções habitará o universo musical ainda por muito tempo, e Daniel sabe contar como ninguém , uma excelente história

Vale lembrar que no livro ainda, temos curiosidades sobre o estonteante filme Mamma Mia, em que Meryl Streep prova, mais uma vez, que pode tudo.

Acompanhem também o blog do Daniel que tem muitaaaaa coisaaaa bacana ( sério gente é demais)
sobre cultura pop ( cinema, TV, ABBA, música)

http://porcoselefantesedoninhas.blogspot.com.br/

Aliás finalizando o texto quero agradecer ao Daniel, que sempre me responde pacientemente e de uma forma muito gentil.

Leiam!

Presenteiem os conhecidos, que são fãs.

Beijos do Tio Carlos!
.



terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Um filme, várias descobertas.

Tenho vários filmes do coração. Aqueles que pesquiso, comento, indico. E esse tem uma história peculiar. ( Pode conter spoiler)
A primeira música que aprendi em inglês foi How Deep is Your Love dos Bee Gees. Gosto de escutar, tem toda uma nostalgia de tempos de infância e acho a letra linda.
Anos mais tarde descobri que fazia parte da trilha do filme Os Embalos de Sábado á Noite e fiquei curioso para conferir a historia. Na época não  tinha internet e na locadora do bairro não tinha a fita! 
Então o tempo foi passando e um dia na casa da minha irmã, zapeando de canal vi que estava passando um documentário sobre o filme. Adorei os bastidores, o brilho, a energia da história e da produção. O drama pessoal do John Travolta e tudo mais. Precisava ver esse filme.
Sempre tive a imagem dele de alegria, descontração, balada, diversão. Algo libertador que fosse encher de energia e ânimo. Algo que pudesse me passar um retrato da geração dos anos 70.
Então um belo dia, no sebo onde compro filmes e livros, fim de ano, fui levar o presente das meninas que trabalham lá. E elas me deram um vale-sebo. Fiquei tão feliz.
Fui olhando, pensando em tudo que queria. Quando chego na sessão de filmes enxergo de longe! DVD Especial do filme. Sai, literalmente correndo e garanti. Enfim ia conferir esse clássico.
Esperei até o sábado e resolvi conferir. Fiz pipoca, comprei cerveja, chocolate. Sessão de cinema especial. Merecia depois de tanta espera né?
Quando o filme acabou... Que choque!


Era muito mais maravilhoso do que eu podia imaginar. Tinha tudo e muito mais sobre os anos 70. Tinha música, animação, discoteca. Mas acima de tudo tinha o clima de uma geração que, após anos de festa precisava de um rumo. De um clima meio pesado de fim de década, de não saber o que ia vir. De pessoas que se desiludiam e ficavam sem rumo.

Era um baita de um drama na verdade. Creio que todos nós temos momentos de Tony Manero. De curtir , aproveitar, mas chega uma hora que temos que fazer escolhas. E isso é tudo muito difícil, complicado. Ao optar por uma coisa, vamos abrir mão de outra e teremos responsabilidades. E nem sempre o amor é nossa salvação, muitas vezes nem era amor. Era encantamento, A realidade bate na nossa cara, enxergamos por nossos próprios olhos, como a vida pode ser maravilhosa e cruel. Que perdas fazem parte e que, infelizmente algumas coisas, realmente não tem volta. De que é preciso suar muito, para valorizar nossas conquistas e que muitas vezes, o caminho importa mais que a vitória.
De que o mundo é maravilhoso, mas algumas pessoas são preconceituosas e maldosas.
E de que nunca podemos esquecer de nos divertir, rir, dançar!

É amigos leitores, um filme provoca tantas reações em mim. Ainda mais um tão maravilhoso como esse. Que retrata uma geração, mas nunca deixa de ser atual.

O cinema é atemporal sempre nos ensina algo. E valeu a pena, vi o filme no momento certo. Aquele momento em que a gente se da conta de que a vida está passando e apesar de ter ainda muito tempo, precisamos fazer algo de bom para melhorar o mundo, ajudar as pessoas.

To tentando e espero estar conseguindo :)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Preciso dizer que te amo.

Querida Fran!!

Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.
Clarice Lispector
Vim aqui pensando em escrever algo sobre as músicas de filmes que me marcaram. E então como tenho feito muito ultimamente, mudei de ideia. E sem medo. E com vontade.
Precisamos as vezes de tempo. De tempo pra pensar, pra silenciar, pra observar. Pra reciclar, amadurecer, desapegar. Pra crescer.

Mas chegou o dia, você tem merecido esse tributo há tempo. Uns quase 15 anos. De idas, vindas, reencontros e muitas trocas. Acima de tudo aprendizado. Com amor.
Eu consigo pensar em amor em várias esferas e dimensões. O nosso é tão fofo, tão cheio de confidências. Cigarros. Acima de tudo, livros. Que por destino, nos uniram e sempre nos unem. A quais tantos amamos.
Você tem elementos de poesia. A beleza, a singularidade. Um pouco de crônica, porque é impossível conversar contigo e não parar para pensar. Um pensamento tão profundo, em que descobrimos tanto da gente .
Um pouco de romance, porque torna a vida sempre tão bela. De comédia, porque teu riso é tão sincero, doce, preenche tantas lacunas. Um pouco de épico pela tua elegância, na maneira com que respeita e age com os outros.
Muito almodovariana, cheia de cores, amores e reviravoltas. Um pouco de Bergman, porque conforme vamos conhecendo, queremos mais e mais. Não no sentido tóxico, de vicio e sim no sentido de profundidade, descoberta. E porque não um pouco de Woody Allen, pela inteligência e humildade. E Tarantino, pela quantidade de referências.

Gosta de cerveja, gosta de cachorro, gosta de descobrir, de instigar. Somos tão parecidos, almas gêmeas culturais.

Acima de tudo diz o que quero ouvir e principalmente o que eu não quero mais preciso. E sem rodeios. Você ouve, não julga e as vezes não fala. Mas olha, ama e tá do lado. Tem sido meu primeiro bom dia.

Uma mulher guerreira, surpreendente e corajosa. Alguém que não cansa. Alvo preferido dos meus presentes. Como não entrar numa livraria , num sebo e não lembrar de você?
E tinha que ser Cazuza o titulo dessa carta. Ele fala de amor como poucos. Ele entende como poucos. Como você.
Obrigado por tudo. Pela atenção desde o inicio. Pelo sorriso. Por estar presente. Por me aguentar.

Um desejo: que todos tenham alguém como você. Eu já tenho a sorte grande.

Com amor!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Sobre a saudade

Querida Lais!
Hoje deu saudade.
Daquela momentânea que aparece em dia de chuva, quando nos pegamos lembrando algo, sem saber o porquê. Sem definir e sem explicar muito. Às vezes não precisa. Aqueles conceitos de saudade, lembrança ou melancolia. Nada disso...
Apenas cheiro, risada e lágrima contida.

Saudade da moça que surgia de roupão na sacada e sorria. Que tempos depois bebia e andava comigo, rindo e tropeçando.

Saudade do cheiro do café da casa do vô. Da atmosfera que ele representava.

Saudade de jogar ludo. Jogo da vida. Amarelinha. De jogar mata-soldado.

Saudade de tomar laranjinha no domingo. De visitar algumas pessoas. De colocar uma roupa especial pra isso.
Saudades do menino mais bonito que conheci. Em todos os sentidos. Que tanto tempo depois ainda me ensina tanta coisa

Saudades das expressões numéricas da quarta série.

Saudades dos que me deram os primeiros livros, os primeiros amigos.

Saudades das primas loiras, e das brincadeiras malucas, banho de chuva.

Saudades de um menino alto, inteligente e melhor amigo.

Saudade de uma menina morena branquela, que cochilava em cima de notas fiscais comigo.

Saudades de uma loira arretada, que me ensinou lançamentos contábeis e a me lançar mais pra vida.

Saudades da madrinha e suas comidas maravilhosas. Das suas orações. Do cheiro do laque do seu cabelo.

Saudades de um par de olhos azuis tão intensos e inocentes.

Saudades de dançar com o Opa.

Saudades de um loiro tímido e compreensivo.

Saudades do meu amigo pretinho básico.

Saudades de tempos mais simples e mais abraços.

Saudades dos clipes do Fantástico.

Saudades de uma cantora com uma voz apaixonadamente triste.

Saudades de um ator tão lindo e talentoso, que foi numa noite quente embora.

Saudades de um cachorro dentuço e atrapalhado.

Saudades de uma princesa.

Saudades do Cheetos Tubo.. e dos Tazos.

Saudades de um cinéfilo incompreendido, mas muito amado.

Saudades de uma colega de bingo nas tarde de sábado.

Saudades de beber na segunda-feira com um amigo único.

Saudades de olhares que são olhados apenas uma vez daquela forma especial. Saudades, lembranças e um sorriso no rosto.
Com alegria por ter vivido tanta coisa mágica. Porque a mágica e a vida no fundo, são a mesma coisa

Te amo!

terça-feira, 29 de julho de 2014

Um grande amigo zoeiro!

Querida Lais

Uma coisa que você vai aprender com o tempo, é que muito do que somos, aprendemos e falamos vem dos nossos amigos.

Existem amigos de todas as formas, amizades de todas as durações, em diversos locais.
Tem dias que, nada melhor do que um abraço de um amigo.

Por isso em algumas das próximas cartinhas, vou falar de alguns amigos meus pra você.
Creio que quando você ler isso um dia, vai adorar e lembrar-se deles.

Hoje eu vou falar sobre a pessoa que me xinga ( ou me chama) da minha maneira preferida. De uma das pessoas mais zoeiras da internet.  De uma das pessoas mais carismáticas que eu tenho na minha vida. 

Tio Lucas

Não lembro exatamente como a gente se conheceu mas, nas primeiras conversas, tive uma sensação que meu cérebro ia explodir de alegria. Eram as mesmas gírias, as mesmas ideias, alguns sonhos iguais.

Tio Lucas além de ser um menino lindo, gentil, conquista as pessoas com suas piadas, seu sorriso sacana, seu jeito safado e de bem com a vida.

Tio Lucas sempre me lembra da importância de cuidar dos animais. Me lembra que precisamos de humor, diversão e sensualidade na medida certa.
Tio Lucas ensina também. Ensina que tudo pode se resolver com uma conversa, que não devemos guardar culpas, magoas ou ressentimentos. Ensina a me valorizar e acreditar no meu potencial.
Ele é único, irônico, uma estrela ( ri aqui)

Tio Lucas me faz rir. Tio Lucas me lembra um pouco Woody Allen, com sua leveza, bom humor e alegria. Enche-me de orgulho pela evolução com que está trilhando seus caminhos.  Me conta as histórias mais doidas do dia.  Bebe comigo, reclama do copo cheio, diz que eu como feito um canibal. Me dá chocolate, me dá abraço. Ajuda a dar sentido pra vida, que é o que os bons amigos fazem.

Tio Lucas está diariamente na minha vida e espero que permaneça até ficarmos mais velhos, mais magros e mais gagás haha!!!!

Lucas e eu temos o bom humor como carro chefe, por isso às vezes somos alvos de fofocas de pessoas nefastas, mas nem ligamos... Já vamos procurando mais gifs e mais zoeiras. Porque a zoeira e o meu carinho pelo tio Lucas.. Não tem limites!!

Espero Lais que em sua vida nunca falte alegria e boas pessoas como o Tio Lucas (e que morem bem localizadas e tenham apelidos secretos toscos)

Beijo grande Lais


Beijo grande e obrigado Tio Lucas!

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Vamos falar da mamãe!

Querida Lais

Quando comecei a digitar essa carta, pensei em falar sobre o poder do abraço. Hoje você me deu um abraço tão longo, tão apertado e feliz que me senti flutuando no espaço de tanto amor que recebi. Você realmente é um anjo.

Dai entrei aqui no blog para começar a “produção” e vi os comentários da tua mãe.  Pronto, voltei para o espaço novamente. E hoje, vamos falar dela.

Sagitariana, espoleta, espontânea, cheia das vontades e das gírias. Linda, cheia de brilho, meio impaciente, firme, sorridente, vaidosa, protetora, esperta, antenada, mirabolante.

Tua mãe, minha irmã, nosso amor. Minha primeira grande amiga, confidente, primeira inimiga, porque a gente quando é criança não entende a importância de um irmão, a necessidade, a saudade.
Irmão é um pedaço nosso, com um pedaço de nossos pais, com um pedaço desconhecido, intrigante.  Que nos desafia, invade nosso espaço, ensina a importância do dividir, do ceder, do planejar.


Quero que você puxe muitas coisas dela. Os dons artísticos, creio que você já puxou.  Quero que você tenha a leveza dela. O sorriso largo, o abraço quente, aquela que acolhe os amigos a qualquer hora, na chuva, no sol.  Tua mãe se entrega a vida.  As emoções, ao amor, a família, a superar suas curiosidades. Teimosa, não larga o osso até terminar de roer.

Adoro o jeito que tua mãe demonstra que sabe o que quer, seja escolher o presente de aniversário, seja o que quer comer, aonde quer ir. Ela fala, assume, dá à cara a tapa.

Tua mãe nunca foi muito fã da literatura, mas vou contar uma coisa que acho que nunca contei pra ninguém.  Quando criança, ela me dava os livros de histórias dela pra ler e depois me fazia perguntas. Acho que ali começou esse grande amor pela leitura. Devo isso a ela, de certa forma.

Devo tanta coisa mais. As lições, as cervejas, os cigarros partilhados. O não ter medo de falar o que quer que seja.  E até o bom gosto musical ( acredite Lais, antes de sua mãe se bandear pro lado sertanejo, ela ouvia muito rock e coisa boa) Gravar fitas da rádio. Os desenhos da escola. As maquetes. O dia que ralei os joelhos porque queria comprar uma revista ( ela chegou da escola e foi lá comprar pra mim)

Enfim Lais, tão imenso como é o meu amor por você é o meu amor pela minha irmã. E mesmo perdendo os desafios de cerveja, estar ao lado dela sempre é uma alegria, uma renovação.
Aproveite, depois de mim, você tem a melhor mãe do mundo.

E como nunca é demais, amo vocês.