segunda-feira, 27 de abril de 2015
Querida Maysa....
Carta aberta a Maysa.
Querida Maysa
Comecei a conhecer você, através da abertura de uma minissérie, chamada Presença de Anita, cujo o tema de abertura era uma música sua.
O tempo foi passando, fui deixando suas canções envolverem meus momentos de fossa e solidão, te admirando e tendo a certeza de jamais ter visto uma cantora com olhos tão intensos.
Então foi produzida uma belíssima minissérie sobre sua vida e algum tempo depois adquiri uma biografia sua e tentei te desvendar.
.
Por muitas vezes chorando, outras rindo. Outras bebendo. Sempre só. Numa multidão de amores. Como você que causou alegrias e tristezas as pessoas ao seu redor.
Assim como você, tenho problemas com peso, gosto de beber e sou sincero ( talvez não tanto como você demonstrava ser, mas o suficiente para causar olhares espantados).
Também tenho demônios aprisionados dentro de mim. Assim como você escrevo poemas secretos e amo muito poucas pessoas.
Eu sei, minha querida, o quanto é difícil subir uma escada, com o peso de um piano nas costas e pessoas em cada degrau, tentando passar a perna.
Você conhece muito o chão, caiu e se reergueu muitas vezes. Foi atriz, cantora, jornalista ,pintora, jurada, mulher , amante, amiga, inimiga, mãe.
Viveu tudo o que quis. E como quis.
Chegou a ser tudo. E a ser nada.
Você sempre viveu a frente do seu tempo cantando músicas "antigas".
Era real, crua e obscena.
Uma biografia sua, que no fim, revelou tanto sobre mim.
Naquele janeiro de 1977 o mundo perdeu uma das pessoas mais talentosas que já o habitaram.
Mas você sempre existirá nos olhos, daqueles que sofrem por amor. Que sentem o mundo cair. Que sabem que é preciso dizer adeus. Mas que não perdem a esperança e com o chegar da maturidade, sabem que é possível viver tudo de novo, uma nova chance ao amor e a si mesmo
E pra quem chorou , chorou, sua vida foi um chão de estrelas.
Obrigado Maysa. Por perder o nome e ganhar a fama.
Por tentar. Por lutar. Por beber. Por cantar. Por expressar seus sentimentos. Essa foi sua missão.
A cada dia que passo tenho mais certeza, da importância de demonstrar o que sentimos e resolvermos os problemas, as diferenças, na hora em que elas surgem.
Nunca sabemos quanto tempo nos resta..
Uma vodca, uma lágrima e um abraço
Carlos Eduardo
quarta-feira, 22 de abril de 2015
A beleza do silêncio
Oi gente!
Tudo acaba, mais cedo ou mais tarde.”
Hoje vou falar de um filme que tem um espaço especial em minha memória afetiva.
Baleias de Agosto
As velhas irmãs Libby (Bette Davis) e Sarah (Lillian Gish) vivem juntas numa casa ampla no rochoso litoral do Maine, onde costumavam passar o verão desde a infância, sempre de olho nas baleias que aparecem em agosto. Agora Libby está cega e Sarah precisa cuidar dela. Ambas vivem de recordações da família, dos maridos e dos amigos. O sr. Maranov (Vincent Price), um velho nobre russo fugido da Revolução de 1917, passa a visitá-las, mas é rechaçado asperamente por Libby, que teme que ele apenas queira se instalar na casa delas para aproveitar o pouco de dinheiro que ainda possuem. ( Fonte Adoro Cinema)
Lançado no ano de 1987, essa história trás alguns dos maiores ícones do cinema de todos os tempos, um elenco magistral. Teve indicação ao Oscar( atriz coadjuvante) e foi o último grande trabalho notável de Bette Davis ( que faria A Madrasta em 1989).
Cheguei até a esse filme, quando estava estudando e conferindo a filmografia de Bette, que considero a melhor atriz de todos os tempos. E confesso a vocês que quando acabei de ver, fiquei algum tempo em silêncio, sentindo uma emoção profunda. Com uma vontade louca e urgente de abraçar família e amigos.
Focado no relacionamento entre as duas irmãs e com uma belíssima fotografia, o filme pode parecer para alguns, um pouco tedioso, silencioso demais. Mas Bette e Lillian provam aqui, que uma excelente atuação não tem idade e que basta se entregar ao personagem para conseguir fisgar o público.
Um filme sobre família e a finitude do tempo. Pensei muito em como, na correria em que vivemos hoje, esquecemos de valorizar o que temos de mais importante ao nosso redor: as pessoas, as relações humanas.
Foi uma grande despedida das telas para essas mulheres corajosas e por momentos, passamos a misturar personagens e atrizes, uma vida de glória, o fim que se aproxima, a necessidade de deixar uma marca.
Um personagem maravilhoso Tisha Doughty ( Ann Sothern, também em seu último papel) que trás um alivio cômico a cena e nos mostra que não existe idade para a felicidade, o humor sempre ajuda, mesmo quando o tempo parece escapar.
Um colírio aos olhos cansados, uma mensagem positiva, uma necessidade de examinarmos a maneira com que tratamos os outros , principalmente aqueles que estão mais perto da gente.
De procurar transformar o passado em lembranças, mas não ficar amarrado a ele, pois o fio condutor da vida é sempre o que vem adiante, mesmo sabendo a incerteza da duração desse tempo.
De sempre ter uma palavra amiga, de resolver conflitos no momento em que são criados.
Um dos mais belos filmes sobre a velhice, que nunca cai em um melodrama barato.
Uma interessante reflexão sobre o relacionamento entre irmãos. Costumo dizer que nossos irmãos são os amigos que a vida nos impõe e que muitas vezes por besteiras, viramos inimigos, por pura competição e ego. Mas serão quando em uma relação sadia, por mais diferentes que sejam, nossos mais fieis confidentes.
Vejo por mim e pela minha irmã. Conforme os anos se passam, vamos ficando cada vez mais parecidos, agindo da mesma maneira e sempre escutando as histórias e sentimentos, um do outro.
Minha irmã é uma pessoa que é sinônimo de alegria, descontração, empatia. Tenho nela uma das minhas fontes de inspiração e alegria, além de que, ela me deu o presente mais lindo do mundo, a Lais.
Seja pelo fato de ver uma Bette idosa, mas ativa, uma bela fotografia ou por mostrar um tema que eu adoro por ter uma irmã tão maravilhosa, é um dos filmes da minha vida.
Independente da nossa idade sempre devemos prezar o companheirismo, a sensibilidade, a gentileza e o respeito.
Confiram, se emocionem e reflitam sobre como ocupam o tempo com as pessoas que vocês amam.
Um beijo!
Tudo acaba, mais cedo ou mais tarde.”
Hoje vou falar de um filme que tem um espaço especial em minha memória afetiva.
Baleias de Agosto
As velhas irmãs Libby (Bette Davis) e Sarah (Lillian Gish) vivem juntas numa casa ampla no rochoso litoral do Maine, onde costumavam passar o verão desde a infância, sempre de olho nas baleias que aparecem em agosto. Agora Libby está cega e Sarah precisa cuidar dela. Ambas vivem de recordações da família, dos maridos e dos amigos. O sr. Maranov (Vincent Price), um velho nobre russo fugido da Revolução de 1917, passa a visitá-las, mas é rechaçado asperamente por Libby, que teme que ele apenas queira se instalar na casa delas para aproveitar o pouco de dinheiro que ainda possuem. ( Fonte Adoro Cinema)
Lançado no ano de 1987, essa história trás alguns dos maiores ícones do cinema de todos os tempos, um elenco magistral. Teve indicação ao Oscar( atriz coadjuvante) e foi o último grande trabalho notável de Bette Davis ( que faria A Madrasta em 1989).
Cheguei até a esse filme, quando estava estudando e conferindo a filmografia de Bette, que considero a melhor atriz de todos os tempos. E confesso a vocês que quando acabei de ver, fiquei algum tempo em silêncio, sentindo uma emoção profunda. Com uma vontade louca e urgente de abraçar família e amigos.
Focado no relacionamento entre as duas irmãs e com uma belíssima fotografia, o filme pode parecer para alguns, um pouco tedioso, silencioso demais. Mas Bette e Lillian provam aqui, que uma excelente atuação não tem idade e que basta se entregar ao personagem para conseguir fisgar o público.
Um filme sobre família e a finitude do tempo. Pensei muito em como, na correria em que vivemos hoje, esquecemos de valorizar o que temos de mais importante ao nosso redor: as pessoas, as relações humanas.
Foi uma grande despedida das telas para essas mulheres corajosas e por momentos, passamos a misturar personagens e atrizes, uma vida de glória, o fim que se aproxima, a necessidade de deixar uma marca.
Um personagem maravilhoso Tisha Doughty ( Ann Sothern, também em seu último papel) que trás um alivio cômico a cena e nos mostra que não existe idade para a felicidade, o humor sempre ajuda, mesmo quando o tempo parece escapar.
Um colírio aos olhos cansados, uma mensagem positiva, uma necessidade de examinarmos a maneira com que tratamos os outros , principalmente aqueles que estão mais perto da gente.
De procurar transformar o passado em lembranças, mas não ficar amarrado a ele, pois o fio condutor da vida é sempre o que vem adiante, mesmo sabendo a incerteza da duração desse tempo.
De sempre ter uma palavra amiga, de resolver conflitos no momento em que são criados.
Um dos mais belos filmes sobre a velhice, que nunca cai em um melodrama barato.
Uma interessante reflexão sobre o relacionamento entre irmãos. Costumo dizer que nossos irmãos são os amigos que a vida nos impõe e que muitas vezes por besteiras, viramos inimigos, por pura competição e ego. Mas serão quando em uma relação sadia, por mais diferentes que sejam, nossos mais fieis confidentes.
Vejo por mim e pela minha irmã. Conforme os anos se passam, vamos ficando cada vez mais parecidos, agindo da mesma maneira e sempre escutando as histórias e sentimentos, um do outro.
Minha irmã é uma pessoa que é sinônimo de alegria, descontração, empatia. Tenho nela uma das minhas fontes de inspiração e alegria, além de que, ela me deu o presente mais lindo do mundo, a Lais.
Seja pelo fato de ver uma Bette idosa, mas ativa, uma bela fotografia ou por mostrar um tema que eu adoro por ter uma irmã tão maravilhosa, é um dos filmes da minha vida.
Independente da nossa idade sempre devemos prezar o companheirismo, a sensibilidade, a gentileza e o respeito.
Confiram, se emocionem e reflitam sobre como ocupam o tempo com as pessoas que vocês amam.
Um beijo!
domingo, 19 de abril de 2015
Para sempre Holly Golightly
Oi gente!
A
imagem para ilustrar essa carta poderia ser um dinossauro.
Afinal, meu celular é o Nokia do
jogo da cobrinha ( sem internet e aplicativos) , não baixo música nem filme . uso mouse para o notebook e adoro colecionar DVDs
Mas a carta de hoje é uma história curiosa onde conto como a tecnologia me ajudou!
Atualmente estou lendo A Sangue Frio, de Truman Capote e lembrei esse fato que aconteceu no inicio do ano passado. Mas para entender melhor, vamos voltar um pouco mais no tempo
Uma madrugada fria em 2001, zapeando pela TV, com insônia, vejo que vai começar um filme e resolvo dar uma chance. A atriz era linda e parecia um filme bonito, bem feito. Acho que talvez ali que tudo começou.
A paixão por Audrey Hepburn, a paixão por
Bonequinha de Luxo. Gosto tanto desse filme e poderia ficar horas
contando para vocês, mas é uma dessas paixões que não se explicam.
Invadem a
gente e tomam conta, chegam pra ficar. Aquele filme especial, aquele livro marcante, aquela cena de cinema.. As nossas referências culturais
Na época eu não tinha computador em casa, mas estava fazendo curso de informática, e já tinha diploma do curso de datilografia, ou seja sou praticamente um Tiranossauro Rex. Na outra semana durante o curso, fui pesquisar sobre o filme e descobri que era baseado em um livro de um escritor chamado Truman Capote. Então, loucamente começou a procura por esse livro, na biblioteca pública da minha cidade não tinha, e eu ainda nem sonhava em compras pela internet, desisti.
O
tempo foi passando, novas paixões culturais surgiram e um belo dia achei o DVD do filme no sebo que frequento toda semana e no meu aniversário ganhei a edição
comemorativa do filme, uma caixa linda com DVD, blu-ray, cópia do roteiro e fotos. e novamente comecei a procurar o livro. Descobri que não era mais lançado, só achava em
sebos virtuais ( por um valor muito caro) e então o dinossauro que vos escreve se
rendeu
Pela primeira vez baixei um livro pela internet, fui a uma gráfica, encadernei e comecei a viagem. Apesar de ser uma tradução portuguesa, viajei numa das mais belas histórias que li Mais do que isso, me apaixonei brutalmente por Holly, mas por outra Holly! Não a figura doce do cinema, com sua piteira, aquela imagem que todos nós já vimos uma vez na vida. A Holly do livro. Bissexual, doce, evasiva, divertida que ama Nova York e tenta achar seu lugar no mundo. Que mete os pés pela mão, que choca, que enfrenta e quer apenas um lugar que seja como a Tiffany. Como todos nós, Não que nós desejamos a Tiffany, mas queremos o nosso lugar. Queremos sentir tudo, amar, ser acolhidos. Queremos um nome. E com pressa, com violência por estarmos num mundo tão conectado de tudo e desconectado de emoções, sentimentos, abraços, pele.
E quando achamos, sentimos tanto medo dessa tal estabilidade que as vezes fugimos, fazemos besteiras.
Somos animais selvagens, nossos anseios não podem ser domesticados.
Bem escrito, emocionante, sincero e brutal. Viajamos pela fria cidade e pelos quentes sentimentos dos personagens, um pouco amorais, mas completamente humanos. Com aquela ironia e charme de Capote.
Diferente do filme, que foi transformado em comédia romântica e promoveu revoluções na moda ( o vestidinho preto básico) no cinema ( uma prostituta protagonista em um romance!) e no comportamento das pessoas.
Marilyn Monroe era a preferida de Capote para o papel que eternizou Audrey. ( logo farei uma carta exclusiva para Audrey Hepburn)
E Holly cantando Moon River? Acho o momento mais doce do cinema.
Para entender o impacto do filme e conhecer os bastidores sugiro a leitura de Quinta Avenida, 5 da Manhã - Audrey Hepburn, Bonequinha de Luxo e o Surgimento da mulher moderna de Sam Wasson.
Um livro completo que nos ajuda a entender o contexto da época.
Que venham novas paixões, mas para sempre Holly , Audrey e Capote me acompanharão. No coração e na memória, Um livro e um filme com diferenças, mas essenciais em minhas preferências.
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sexta-feira, 17 de abril de 2015
Todo mundo deveria ser meio Leila Diniz
Olá pessoal!
Concluída a leitura de Toda Mulher é meio Leila Diniz de Mirian Goldenberg , venho aqui falar um pouco sobre essa personagem fascinante da nossa história.
Lembro que a primeira imagem que tenho de Leila é uma foto em uma revista com a frase : "Um cafuné na cabeça, malandro eu quero até de macaco"
O livro de Miriam , não é uma simples biografia. É um estudo antropológico sobre comportamento, escolhas e influências. È um retrato de uma época careta, em que todos estavam preocupados em fiscalizar a vida alheia ( tipo como hoje, sabem?). Através de depoimentos de familiares, amigos, a autora busca entender porque Leila virou esse mito que ultrapassa o limite do tempo. Buscando citações ( tem até Foucault!), ela nos conduz pela infância, analisa Leila como atriz e sua maneira de interpretar, a repercussão da entrevista ao Pasquim, e a ansiedade de Leila em ser mãe
Busca entender também aspectos desconhecidos da vida de Leila, nos levando a reflexão de como somos modificados pelos ambientes que vivemos, assim modificando os que iremos viver mais pra frente.
Todos somos isso. Experiências, dores, amores. Leila falava muito palavrão, mas de uma forma natural e espontânea e não para agredir ninguém. Leila dava pra quem quisesse, mas não para levantar nenhuma bandeira e sim porque gostava. Leila saia de biquíni, grávida, pra tomar banho de sol e não para ganhar capa de revista.
Traiu, riu, sambou, bebeu, falou, fez teatro, fez novela , fez filme, fez o que quis.. Para se descobrir, e começar tudo de novo. Mas por ela e não por nenhuma causa.
O fato de ter morrido cedo, em um acidente de avião, colaborou muita para a criação de mito, mas eu me pergunto.. Porque todos nós não somos um pouco mais Leila Diniz?
Porque nos preocupamos tanto com as opiniões dos outros e não simplesmente, vamos em frente?
Porque não nos damos mais , nos entregamos, amamos várias vezes, sem medo e sem rótulos?
Porque não vamos atrás do que queremos, baseado em pessoas, em se sentir bem e não apenas em ter, aparecer, ganhar likes e destaque?
Porque não temos mais humor, mais descontração sem tanta cagação de regra?
Porque precisamos tanto de atenção dos outros e nos escondemos, não saímos, vemos gente, bebemos, socializamos?
E eu?
Porque comecei o texto falando do livro e ele foi ficando tão pessoal? Influência da Leila?
Porque não arrisco mais? Não tento, não vou?
Não sei, mas quando você começa a se questionar , talvez encontre a força que te conduza em novas jornadas.
Puta merda, a gente mais erra que acerta, mas eu sempre acho que a nossa essência vem mais desses erros, daquilo que falhamos e acabamos criticando quando encontramos alguém que faz a mesma coisa e nos desagrada. Aquele reconhecimento que fere o orgulho e doí.
Como Leila temos que parar de mortificar o amor, e passar a viver dele.
Esquecer um pouco a embalagem da vida e se deliciar com o conteúdo.
Lembra até um pouco a Piaf, que dizia, ame, ame e ame.
Eu peço desculpas se esse texto está meio sentido, ou com alguns clichês daqueles que fazem parte da vida da gente, mas precisava soltar esse texto.
Viver, intensamente, é você chorar, rir, sofrer, participar das coisas, achar a verdade nas coisas que faz. Encontrar em cada gesto da vida o sentido exato para que acredite nele e o sinta intensamente.
Leila Diniz
Concluída a leitura de Toda Mulher é meio Leila Diniz de Mirian Goldenberg , venho aqui falar um pouco sobre essa personagem fascinante da nossa história.
Lembro que a primeira imagem que tenho de Leila é uma foto em uma revista com a frase : "Um cafuné na cabeça, malandro eu quero até de macaco"
O livro de Miriam , não é uma simples biografia. É um estudo antropológico sobre comportamento, escolhas e influências. È um retrato de uma época careta, em que todos estavam preocupados em fiscalizar a vida alheia ( tipo como hoje, sabem?). Através de depoimentos de familiares, amigos, a autora busca entender porque Leila virou esse mito que ultrapassa o limite do tempo. Buscando citações ( tem até Foucault!), ela nos conduz pela infância, analisa Leila como atriz e sua maneira de interpretar, a repercussão da entrevista ao Pasquim, e a ansiedade de Leila em ser mãe
Busca entender também aspectos desconhecidos da vida de Leila, nos levando a reflexão de como somos modificados pelos ambientes que vivemos, assim modificando os que iremos viver mais pra frente.
Todos somos isso. Experiências, dores, amores. Leila falava muito palavrão, mas de uma forma natural e espontânea e não para agredir ninguém. Leila dava pra quem quisesse, mas não para levantar nenhuma bandeira e sim porque gostava. Leila saia de biquíni, grávida, pra tomar banho de sol e não para ganhar capa de revista.
Traiu, riu, sambou, bebeu, falou, fez teatro, fez novela , fez filme, fez o que quis.. Para se descobrir, e começar tudo de novo. Mas por ela e não por nenhuma causa.
O fato de ter morrido cedo, em um acidente de avião, colaborou muita para a criação de mito, mas eu me pergunto.. Porque todos nós não somos um pouco mais Leila Diniz?
Porque nos preocupamos tanto com as opiniões dos outros e não simplesmente, vamos em frente?
Porque não nos damos mais , nos entregamos, amamos várias vezes, sem medo e sem rótulos?
Porque não vamos atrás do que queremos, baseado em pessoas, em se sentir bem e não apenas em ter, aparecer, ganhar likes e destaque?
Porque não temos mais humor, mais descontração sem tanta cagação de regra?
Porque precisamos tanto de atenção dos outros e nos escondemos, não saímos, vemos gente, bebemos, socializamos?
E eu?
Porque comecei o texto falando do livro e ele foi ficando tão pessoal? Influência da Leila?
Porque não arrisco mais? Não tento, não vou?
Não sei, mas quando você começa a se questionar , talvez encontre a força que te conduza em novas jornadas.
Puta merda, a gente mais erra que acerta, mas eu sempre acho que a nossa essência vem mais desses erros, daquilo que falhamos e acabamos criticando quando encontramos alguém que faz a mesma coisa e nos desagrada. Aquele reconhecimento que fere o orgulho e doí.
Como Leila temos que parar de mortificar o amor, e passar a viver dele.
Esquecer um pouco a embalagem da vida e se deliciar com o conteúdo.
Lembra até um pouco a Piaf, que dizia, ame, ame e ame.
Eu peço desculpas se esse texto está meio sentido, ou com alguns clichês daqueles que fazem parte da vida da gente, mas precisava soltar esse texto.
Viver, intensamente, é você chorar, rir, sofrer, participar das coisas, achar a verdade nas coisas que faz. Encontrar em cada gesto da vida o sentido exato para que acredite nele e o sinta intensamente.
Leila Diniz
segunda-feira, 13 de abril de 2015
ABBA, o tempo, e um livro inesquecivel.
Voltei.
O tipo de livro que mais gosto são biografias. Lembro até hoje da primeira que li ( Mais pesado que o céu, biografia do cantor Kurt Cobain) e de que como minha vida mudou a partir daquele momento.
De como fiquei mais curioso pelas pessoas, de como passei a interagir mais com os colegas e até com gente no ponto de ônibus, em filas. De como descobri coisas fascinantes sobre meus ídolos.
Acho até que meu gosto pela escrita e pelo cinema vem daí. Sabe quando uma coisa puxa a outra.
ABBA sempre fez parte da minha vida musical. Não sei ao certo a primeira vez que ouvi, mais a paixão por esse quarteto sueco, me acompanha desde "chiquitito"
Cada canção do grupo é única, marcante, dançante. Poucas bandas tem tantas músicas boas e que permanecem no imaginário popular há muitas décadas.
Sempre quis saber o porque do fim da banda, como se conheceram, os divórcios, o que fizeram após a separação.... E descobri, mas, melhor do que contar a vocês, vou indicar uma das melhores biografias lidas por mim nos últimos tempos.
Esse trabalho do meu querido amigo Daniel Couri, é emocionante e obrigatório para os fãs e para quem aprecia boas biografias. Mais do que contar a história, ele mostra a influência da banda não apenas na música, e sim na moda, nos videoclipes, na economia e nos faz conhecer um pouco mais da gélida Suécia.
Cheio de curiosidades interessantes, sem nunca apelar para fofocas ou achismos, Daniel constrói um documento histórico sobre um dos maiores fenômenos do século 20, que anos após o fim , voltou as paradas de sucesso.
Traça um perfil de cada membro ( me apaixonei por Agnetha de uma maneira <3) e expõe com naturalidade as razões do sucesso, do auge e do fim.
O tipo de livro que nos lembra momentos da vida, seja pelas músicas que embalaram nossos momentos, seja pela identificação com os membros, seja pela sensação de nostalgia, de uma época que o mundo era mais inocente e arrisco dizer, mais sincero.
Está tudo aqui: o Eurovision, o sucesso na Austrália, os casamentos, as surpresas familiares, curiosidades dos quartos de hotel, um balsamo para os fãs dessa carismática banda.
Leiam!
Duas coisas são certas: o ABBA através de suas canções habitará o universo musical ainda por muito tempo, e Daniel sabe contar como ninguém , uma excelente história
Vale lembrar que no livro ainda, temos curiosidades sobre o estonteante filme Mamma Mia, em que Meryl Streep prova, mais uma vez, que pode tudo.
Acompanhem também o blog do Daniel que tem muitaaaaa coisaaaa bacana ( sério gente é demais)
sobre cultura pop ( cinema, TV, ABBA, música)
http://porcoselefantesedoninhas.blogspot.com.br/
Aliás finalizando o texto quero agradecer ao Daniel, que sempre me responde pacientemente e de uma forma muito gentil.
Leiam!
Presenteiem os conhecidos, que são fãs.
Beijos do Tio Carlos!
.
O tipo de livro que mais gosto são biografias. Lembro até hoje da primeira que li ( Mais pesado que o céu, biografia do cantor Kurt Cobain) e de que como minha vida mudou a partir daquele momento.
De como fiquei mais curioso pelas pessoas, de como passei a interagir mais com os colegas e até com gente no ponto de ônibus, em filas. De como descobri coisas fascinantes sobre meus ídolos.
Acho até que meu gosto pela escrita e pelo cinema vem daí. Sabe quando uma coisa puxa a outra.
ABBA sempre fez parte da minha vida musical. Não sei ao certo a primeira vez que ouvi, mais a paixão por esse quarteto sueco, me acompanha desde "chiquitito"
Cada canção do grupo é única, marcante, dançante. Poucas bandas tem tantas músicas boas e que permanecem no imaginário popular há muitas décadas.
Sempre quis saber o porque do fim da banda, como se conheceram, os divórcios, o que fizeram após a separação.... E descobri, mas, melhor do que contar a vocês, vou indicar uma das melhores biografias lidas por mim nos últimos tempos.
Esse trabalho do meu querido amigo Daniel Couri, é emocionante e obrigatório para os fãs e para quem aprecia boas biografias. Mais do que contar a história, ele mostra a influência da banda não apenas na música, e sim na moda, nos videoclipes, na economia e nos faz conhecer um pouco mais da gélida Suécia.
Cheio de curiosidades interessantes, sem nunca apelar para fofocas ou achismos, Daniel constrói um documento histórico sobre um dos maiores fenômenos do século 20, que anos após o fim , voltou as paradas de sucesso.
Traça um perfil de cada membro ( me apaixonei por Agnetha de uma maneira <3) e expõe com naturalidade as razões do sucesso, do auge e do fim.
O tipo de livro que nos lembra momentos da vida, seja pelas músicas que embalaram nossos momentos, seja pela identificação com os membros, seja pela sensação de nostalgia, de uma época que o mundo era mais inocente e arrisco dizer, mais sincero.
Está tudo aqui: o Eurovision, o sucesso na Austrália, os casamentos, as surpresas familiares, curiosidades dos quartos de hotel, um balsamo para os fãs dessa carismática banda.
Leiam!
Duas coisas são certas: o ABBA através de suas canções habitará o universo musical ainda por muito tempo, e Daniel sabe contar como ninguém , uma excelente história
Vale lembrar que no livro ainda, temos curiosidades sobre o estonteante filme Mamma Mia, em que Meryl Streep prova, mais uma vez, que pode tudo.
Acompanhem também o blog do Daniel que tem muitaaaaa coisaaaa bacana ( sério gente é demais)
sobre cultura pop ( cinema, TV, ABBA, música)
http://porcoselefantesedoninhas.blogspot.com.br/
Aliás finalizando o texto quero agradecer ao Daniel, que sempre me responde pacientemente e de uma forma muito gentil.
Leiam!
Presenteiem os conhecidos, que são fãs.
Beijos do Tio Carlos!
.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
Um filme, várias descobertas.
Tenho vários filmes do coração. Aqueles que pesquiso, comento, indico. E esse tem uma história peculiar. ( Pode conter spoiler)
A primeira música que aprendi em inglês foi How Deep is Your Love dos Bee Gees. Gosto de escutar, tem toda uma nostalgia de tempos de infância e acho a letra linda.
Anos mais tarde descobri que fazia parte da trilha do filme Os Embalos de Sábado á Noite e fiquei curioso para conferir a historia. Na época não tinha internet e na locadora do bairro não tinha a fita!
Então o tempo foi passando e um dia na casa da minha irmã, zapeando de canal vi que estava passando um documentário sobre o filme. Adorei os bastidores, o brilho, a energia da história e da produção. O drama pessoal do John Travolta e tudo mais. Precisava ver esse filme.
Sempre tive a imagem dele de alegria, descontração, balada, diversão. Algo libertador que fosse encher de energia e ânimo. Algo que pudesse me passar um retrato da geração dos anos 70.
Então um belo dia, no sebo onde compro filmes e livros, fim de ano, fui levar o presente das meninas que trabalham lá. E elas me deram um vale-sebo. Fiquei tão feliz.
Fui olhando, pensando em tudo que queria. Quando chego na sessão de filmes enxergo de longe! DVD Especial do filme. Sai, literalmente correndo e garanti. Enfim ia conferir esse clássico.
Esperei até o sábado e resolvi conferir. Fiz pipoca, comprei cerveja, chocolate. Sessão de cinema especial. Merecia depois de tanta espera né?
Quando o filme acabou... Que choque!
Era muito mais maravilhoso do que eu podia imaginar. Tinha tudo e muito mais sobre os anos 70. Tinha música, animação, discoteca. Mas acima de tudo tinha o clima de uma geração que, após anos de festa precisava de um rumo. De um clima meio pesado de fim de década, de não saber o que ia vir. De pessoas que se desiludiam e ficavam sem rumo.
Era um baita de um drama na verdade. Creio que todos nós temos momentos de Tony Manero. De curtir , aproveitar, mas chega uma hora que temos que fazer escolhas. E isso é tudo muito difícil, complicado. Ao optar por uma coisa, vamos abrir mão de outra e teremos responsabilidades. E nem sempre o amor é nossa salvação, muitas vezes nem era amor. Era encantamento, A realidade bate na nossa cara, enxergamos por nossos próprios olhos, como a vida pode ser maravilhosa e cruel. Que perdas fazem parte e que, infelizmente algumas coisas, realmente não tem volta. De que é preciso suar muito, para valorizar nossas conquistas e que muitas vezes, o caminho importa mais que a vitória.
De que o mundo é maravilhoso, mas algumas pessoas são preconceituosas e maldosas.
E de que nunca podemos esquecer de nos divertir, rir, dançar!
É amigos leitores, um filme provoca tantas reações em mim. Ainda mais um tão maravilhoso como esse. Que retrata uma geração, mas nunca deixa de ser atual.
O cinema é atemporal sempre nos ensina algo. E valeu a pena, vi o filme no momento certo. Aquele momento em que a gente se da conta de que a vida está passando e apesar de ter ainda muito tempo, precisamos fazer algo de bom para melhorar o mundo, ajudar as pessoas.
To tentando e espero estar conseguindo :)
A primeira música que aprendi em inglês foi How Deep is Your Love dos Bee Gees. Gosto de escutar, tem toda uma nostalgia de tempos de infância e acho a letra linda.
Anos mais tarde descobri que fazia parte da trilha do filme Os Embalos de Sábado á Noite e fiquei curioso para conferir a historia. Na época não tinha internet e na locadora do bairro não tinha a fita!
Então o tempo foi passando e um dia na casa da minha irmã, zapeando de canal vi que estava passando um documentário sobre o filme. Adorei os bastidores, o brilho, a energia da história e da produção. O drama pessoal do John Travolta e tudo mais. Precisava ver esse filme.
Sempre tive a imagem dele de alegria, descontração, balada, diversão. Algo libertador que fosse encher de energia e ânimo. Algo que pudesse me passar um retrato da geração dos anos 70.
Então um belo dia, no sebo onde compro filmes e livros, fim de ano, fui levar o presente das meninas que trabalham lá. E elas me deram um vale-sebo. Fiquei tão feliz.
Fui olhando, pensando em tudo que queria. Quando chego na sessão de filmes enxergo de longe! DVD Especial do filme. Sai, literalmente correndo e garanti. Enfim ia conferir esse clássico.
Esperei até o sábado e resolvi conferir. Fiz pipoca, comprei cerveja, chocolate. Sessão de cinema especial. Merecia depois de tanta espera né?
Quando o filme acabou... Que choque!
Era muito mais maravilhoso do que eu podia imaginar. Tinha tudo e muito mais sobre os anos 70. Tinha música, animação, discoteca. Mas acima de tudo tinha o clima de uma geração que, após anos de festa precisava de um rumo. De um clima meio pesado de fim de década, de não saber o que ia vir. De pessoas que se desiludiam e ficavam sem rumo.
Era um baita de um drama na verdade. Creio que todos nós temos momentos de Tony Manero. De curtir , aproveitar, mas chega uma hora que temos que fazer escolhas. E isso é tudo muito difícil, complicado. Ao optar por uma coisa, vamos abrir mão de outra e teremos responsabilidades. E nem sempre o amor é nossa salvação, muitas vezes nem era amor. Era encantamento, A realidade bate na nossa cara, enxergamos por nossos próprios olhos, como a vida pode ser maravilhosa e cruel. Que perdas fazem parte e que, infelizmente algumas coisas, realmente não tem volta. De que é preciso suar muito, para valorizar nossas conquistas e que muitas vezes, o caminho importa mais que a vitória.
De que o mundo é maravilhoso, mas algumas pessoas são preconceituosas e maldosas.
E de que nunca podemos esquecer de nos divertir, rir, dançar!
É amigos leitores, um filme provoca tantas reações em mim. Ainda mais um tão maravilhoso como esse. Que retrata uma geração, mas nunca deixa de ser atual.
O cinema é atemporal sempre nos ensina algo. E valeu a pena, vi o filme no momento certo. Aquele momento em que a gente se da conta de que a vida está passando e apesar de ter ainda muito tempo, precisamos fazer algo de bom para melhorar o mundo, ajudar as pessoas.
To tentando e espero estar conseguindo :)
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Preciso dizer que te amo.
Querida Fran!!
Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.
Clarice Lispector
Vim aqui pensando em escrever algo sobre as músicas de filmes que me marcaram. E então como tenho feito muito ultimamente, mudei de ideia. E sem medo. E com vontade.
Precisamos as vezes de tempo. De tempo pra pensar, pra silenciar, pra observar. Pra reciclar, amadurecer, desapegar. Pra crescer.
Mas chegou o dia, você tem merecido esse tributo há tempo. Uns quase 15 anos. De idas, vindas, reencontros e muitas trocas. Acima de tudo aprendizado. Com amor.
Eu consigo pensar em amor em várias esferas e dimensões. O nosso é tão fofo, tão cheio de confidências. Cigarros. Acima de tudo, livros. Que por destino, nos uniram e sempre nos unem. A quais tantos amamos.
Você tem elementos de poesia. A beleza, a singularidade. Um pouco de crônica, porque é impossível conversar contigo e não parar para pensar. Um pensamento tão profundo, em que descobrimos tanto da gente .
Um pouco de romance, porque torna a vida sempre tão bela. De comédia, porque teu riso é tão sincero, doce, preenche tantas lacunas. Um pouco de épico pela tua elegância, na maneira com que respeita e age com os outros.
Muito almodovariana, cheia de cores, amores e reviravoltas. Um pouco de Bergman, porque conforme vamos conhecendo, queremos mais e mais. Não no sentido tóxico, de vicio e sim no sentido de profundidade, descoberta. E porque não um pouco de Woody Allen, pela inteligência e humildade. E Tarantino, pela quantidade de referências.
Gosta de cerveja, gosta de cachorro, gosta de descobrir, de instigar. Somos tão parecidos, almas gêmeas culturais.
Acima de tudo diz o que quero ouvir e principalmente o que eu não quero mais preciso. E sem rodeios. Você ouve, não julga e as vezes não fala. Mas olha, ama e tá do lado. Tem sido meu primeiro bom dia.
Uma mulher guerreira, surpreendente e corajosa. Alguém que não cansa. Alvo preferido dos meus presentes. Como não entrar numa livraria , num sebo e não lembrar de você?
E tinha que ser Cazuza o titulo dessa carta. Ele fala de amor como poucos. Ele entende como poucos. Como você.
Obrigado por tudo. Pela atenção desde o inicio. Pelo sorriso. Por estar presente. Por me aguentar.
Um desejo: que todos tenham alguém como você. Eu já tenho a sorte grande.
Com amor!
Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.
Clarice Lispector
Vim aqui pensando em escrever algo sobre as músicas de filmes que me marcaram. E então como tenho feito muito ultimamente, mudei de ideia. E sem medo. E com vontade.
Precisamos as vezes de tempo. De tempo pra pensar, pra silenciar, pra observar. Pra reciclar, amadurecer, desapegar. Pra crescer.
Mas chegou o dia, você tem merecido esse tributo há tempo. Uns quase 15 anos. De idas, vindas, reencontros e muitas trocas. Acima de tudo aprendizado. Com amor.
Eu consigo pensar em amor em várias esferas e dimensões. O nosso é tão fofo, tão cheio de confidências. Cigarros. Acima de tudo, livros. Que por destino, nos uniram e sempre nos unem. A quais tantos amamos.
Você tem elementos de poesia. A beleza, a singularidade. Um pouco de crônica, porque é impossível conversar contigo e não parar para pensar. Um pensamento tão profundo, em que descobrimos tanto da gente .
Um pouco de romance, porque torna a vida sempre tão bela. De comédia, porque teu riso é tão sincero, doce, preenche tantas lacunas. Um pouco de épico pela tua elegância, na maneira com que respeita e age com os outros.
Muito almodovariana, cheia de cores, amores e reviravoltas. Um pouco de Bergman, porque conforme vamos conhecendo, queremos mais e mais. Não no sentido tóxico, de vicio e sim no sentido de profundidade, descoberta. E porque não um pouco de Woody Allen, pela inteligência e humildade. E Tarantino, pela quantidade de referências.
Gosta de cerveja, gosta de cachorro, gosta de descobrir, de instigar. Somos tão parecidos, almas gêmeas culturais.
Acima de tudo diz o que quero ouvir e principalmente o que eu não quero mais preciso. E sem rodeios. Você ouve, não julga e as vezes não fala. Mas olha, ama e tá do lado. Tem sido meu primeiro bom dia.
Uma mulher guerreira, surpreendente e corajosa. Alguém que não cansa. Alvo preferido dos meus presentes. Como não entrar numa livraria , num sebo e não lembrar de você?
E tinha que ser Cazuza o titulo dessa carta. Ele fala de amor como poucos. Ele entende como poucos. Como você.
Obrigado por tudo. Pela atenção desde o inicio. Pelo sorriso. Por estar presente. Por me aguentar.
Um desejo: que todos tenham alguém como você. Eu já tenho a sorte grande.
Com amor!
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