Oi gente!
Tudo acaba, mais cedo ou mais tarde.”
Hoje vou falar de um filme que tem um espaço especial em minha memória afetiva.
Baleias de Agosto
As velhas irmãs Libby (Bette Davis) e Sarah (Lillian Gish) vivem juntas numa casa ampla no rochoso litoral do Maine, onde costumavam passar o verão desde a infância, sempre de olho nas baleias que aparecem em agosto. Agora Libby está cega e Sarah precisa cuidar dela. Ambas vivem de recordações da família, dos maridos e dos amigos. O sr. Maranov (Vincent Price), um velho nobre russo fugido da Revolução de 1917, passa a visitá-las, mas é rechaçado asperamente por Libby, que teme que ele apenas queira se instalar na casa delas para aproveitar o pouco de dinheiro que ainda possuem. ( Fonte Adoro Cinema)
Lançado no ano de 1987, essa história trás alguns dos maiores ícones do cinema de todos os tempos, um elenco magistral. Teve indicação ao Oscar( atriz coadjuvante) e foi o último grande trabalho notável de Bette Davis ( que faria A Madrasta em 1989).
Cheguei até a esse filme, quando estava estudando e conferindo a filmografia de Bette, que considero a melhor atriz de todos os tempos. E confesso a vocês que quando acabei de ver, fiquei algum tempo em silêncio, sentindo uma emoção profunda. Com uma vontade louca e urgente de abraçar família e amigos.
Focado no relacionamento entre as duas irmãs e com uma belíssima fotografia, o filme pode parecer para alguns, um pouco tedioso, silencioso demais. Mas Bette e Lillian provam aqui, que uma excelente atuação não tem idade e que basta se entregar ao personagem para conseguir fisgar o público.
Um filme sobre família e a finitude do tempo. Pensei muito em como, na correria em que vivemos hoje, esquecemos de valorizar o que temos de mais importante ao nosso redor: as pessoas, as relações humanas.
Foi uma grande despedida das telas para essas mulheres corajosas e por momentos, passamos a misturar personagens e atrizes, uma vida de glória, o fim que se aproxima, a necessidade de deixar uma marca.
Um personagem maravilhoso Tisha Doughty ( Ann Sothern, também em seu último papel) que trás um alivio cômico a cena e nos mostra que não existe idade para a felicidade, o humor sempre ajuda, mesmo quando o tempo parece escapar.
Um colírio aos olhos cansados, uma mensagem positiva, uma necessidade de examinarmos a maneira com que tratamos os outros , principalmente aqueles que estão mais perto da gente.
De procurar transformar o passado em lembranças, mas não ficar amarrado a ele, pois o fio condutor da vida é sempre o que vem adiante, mesmo sabendo a incerteza da duração desse tempo.
De sempre ter uma palavra amiga, de resolver conflitos no momento em que são criados.
Um dos mais belos filmes sobre a velhice, que nunca cai em um melodrama barato.
Uma interessante reflexão sobre o relacionamento entre irmãos. Costumo dizer que nossos irmãos são os amigos que a vida nos impõe e que muitas vezes por besteiras, viramos inimigos, por pura competição e ego. Mas serão quando em uma relação sadia, por mais diferentes que sejam, nossos mais fieis confidentes.
Vejo por mim e pela minha irmã. Conforme os anos se passam, vamos ficando cada vez mais parecidos, agindo da mesma maneira e sempre escutando as histórias e sentimentos, um do outro.
Minha irmã é uma pessoa que é sinônimo de alegria, descontração, empatia. Tenho nela uma das minhas fontes de inspiração e alegria, além de que, ela me deu o presente mais lindo do mundo, a Lais.
Seja pelo fato de ver uma Bette idosa, mas ativa, uma bela fotografia ou por mostrar um tema que eu adoro por ter uma irmã tão maravilhosa, é um dos filmes da minha vida.
Independente da nossa idade sempre devemos prezar o companheirismo, a sensibilidade, a gentileza e o respeito.
Confiram, se emocionem e reflitam sobre como ocupam o tempo com as pessoas que vocês amam.
Um beijo!
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