segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Desapegando livros (2)

Olá gente!

“Uma garrafa de vinho é uma boa companhia.” (p. 251)

Hoje "abandonei"mais um livro na minha cidade.

Publicado em 1926, foi o primeiro grande best seller do autor Ernest Hemingway.

O Sol Também se Levanta.


É um retrato fiel da famosa geração perdida.

Não há julgamentos, justificativas para os personagens, todos sofredores isolados, um grupo de expatriados inspirados nas pessoas que conviviam com Hemnigway


O estadunidense Jacob Barnes é o protagonista e narrador da história. Conhecido como Jake, ele trabalha como repórter em Paris. Jake volta impotente da guerra e acaba se apaixonando por Lady Brett Ashley, mulher de personalidade fútil, que trata os homens como simples objetos e envolve-se com vários deles, apesar de ser comprometida.

Solidão, morte, desilusão, temas que percorrem a trajetória do autor, estão brilhantemente expostas nesse livro maravilhoso, triste, e com descrições das Touradas na Espanha, uma das paixões do escritor.

Um grande festa, em que a ressaca deixa as consequências no final. A amargura de um mundo pós guerra, com todas as suas cicatrizes expostas.

Um homem impotente, uma mulher fogosa, muita bebida, muita festa e um vazio impossível de ser preenchido.

Tudo na prosa fácil e envolvente de Hemingway.

Local de desapego : Jaraguá Park Shopping





domingo, 2 de agosto de 2015

Clementine, por Rafael João

Oi gente!!

Hoje o querido e talentoso Rafael João se coloca na pele da Clementine do maravilhoso filme "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças"e escreve pra gente!

Vamos conferir?

Quantos nomes eu tenho? Quantas almas moram dentro meu corpo esguio? Quantos anos eu tenho? Eu me tenho? Quantos passos até o precipício? Quantas doses de vodca até eu entrar em coma alcoólico? Quantas cortes para a vida vazar até a última gota? Quantos comprimidos podem comprimir meu coração mais que essa angústia e me furtar a vida? Não, esta não é uma carta suicida. Mas quero que essa dor se cale e esse amor morra. Quero matar o amor que tenho por ti. Perdoe ser tão direta, tão ácida. É que escrever, pra mim, é como ter uma faca afiada nas mãos. Preciso ver sangrar, sentir o gosto do sangue, sentir o gosto passageiro da morte.

Eu – ou o amor – devemos ter sete vidas. Você me mata com sua indiferença. Você me mata com seu silêncio quando eu mais preciso de palavras. Você me mata com suas palavras quando eu mais preciso que você se cale. Suas palavras parecem farpas que me atingem meu peito. Unhas bem feitas, afiadas e prontas pra tentar rasgar teu peito, encontrar o que sentes. Você sempre parece estar protegido. Não há uma brecha que me permita entrada ou que te deixe vazar.  Minhas mãos estão tão vazias. Cansadas dessa espera.

Meu corpo decorou todos os teus toques. Como esqueço o que ficou esquecido em mim? O teu dedilhar escorrendo da minha face até minhas coxas. Compondo melodias. Desatando nós. Destrancando fechaduras. Meu coração pulsava conforme os teus dedos se moviam. Minha alma ia e vinha ia e vinha num pulsar urgente meu coração descompensado cantava mudo para teus ouvidos surdos. O nosso amor parece tão impossível. Estou amargando nessas noites insones. O tempo está escorrendo e meus dedos são incapazes de conter esses instantes ao teu lado. Quanto mais nossos corpos estão perto, mais nossas almas se distanciam. Estamos nos perdendo. Não, você está me perdendo. O velho clichê diz que amor rima com dor e que é impossível amar sem sentir dor. Não discordo. Mas quando a dor dói sozinha, ela se torna (quase) insuportável. O nosso amor parece mesmo não ter mais jeito. O triste do amor não é a indiferença. O triste do amor deve ser quando as lembranças caem no vão do esquecimento. Ah, como eu quero esquecer. Apagar todas as velas. Apagar cada lâmpada acesa nos quartos da minha memória. No escuro não posso mais te ver. As lembranças não podem mais me tocar. Já que não posso matar o amor, que as lembranças morram então.


O que alimenta essa dor é cada faísca de lembrança que o passado – que não passou – insiste em soprar sobre minha alma ferrada. Sinto que passei dentro de um triturador. Nem que eu arranque teus olhos eles seriam capazes de me enxergar. Deus, você não me enxerga. Eu sempre intensa e urgente. Você tão tô-nem-aí-para-suas-necessidades-bobas. As minhas cores desbotaram junto com o meu amor. O amor deve ter se cansado de mim. É, pode ser isso também. Quando o amor se cansa da gente, ele quer ir embora. E não há partida que não doa. Não há partida que não te deixe partido. Você partiu de mim, mas teu corpo continua aqui na minha cama. Estou velando teu sono e assistindo pacientemente o nosso amor agonizar. Me deixa esquecer? Ah, agora quem sou eu para julgar quem quer esquecer algo?


Meu nome não é Clementine, mas eu quero esquecer. 

quarta-feira, 29 de julho de 2015

O Tempero da Vida - Por Ariane Tomelin

Oi gente!


Hoje eu convidei uma amiga super querida para falar de um filme que marcou muito a vida dela.
Estou bem curioso para conferir agora!


Pimenta aquece e queima.
Canela é doce e amarga.
Sal, precisamos de sal em nossas vidas.

Esse texto hoje vai em especial para o querido Carlos, um cinéfilo como nunca havia visto.

Em 2003 assisti a um filme que esta na minha lista dos favoritos. É difícil falar apenas em um quando se tem uma coleção de memórias. Pra quem lê muito e assiste muitos filmes se torna muito fácil viver em outros mundos. Em criar na mente personagens e dar vida a eles. 

Por isso O Tempero da Vida é assim tão especial. Pois acima de tudo ele nos trás ao presente. Esquecemos ao facilmente daqueles pequenos toques que tornam nossas vidas únicas e tão saborosas com suas lembranças.

Perdemos a poesia no dia a dia. Nas coisas simples como o ato de cozinhar. Que maior prova de amor se pode dar a alguém do que dedicar tempo e carinho ao preparar uma refeição. Segundo os gregos com os temperos podemos aproximar ou afastar as pessoas.

Fanis Iakovidis é professor de astrofísica na universidade de Atenas, na Grécia. Na infância, foi um dos milhares de turcos de origem grega convidados pelo governo a se retirarem da Turquia. Esse é o plano de fundo; um contexto político para um (pre)texto familiar. Durante todo o filme vemos mesas fartas não apenas de comida, mas de historias, amor e muito mais.

Uma historia emocionante. Que rompe as barreiras políticas. E quando o passado e o presente se encontram mostram que aquelas pequenas coisas são e serão sempre as mais essenciais. Não tenha medo de se envolver e muito menos de levar com vocês todos os toques especiais.

Lembre – se: Infância presença marcante na vida de todo adulto.

Deixe se levar por Vassilis, meio mago, dono de uma loja de condimentos. E que com o toque de cada especiaria aprendeu a desvendar os sentidos da vida.
Ariane Tomelin



“Se eu me atrasar lembre-se de olhar para as estrelas onde quer que você esteja. No céu há coisas que nós podemos ver, mas há também coisas que não podemos ver. Fale sempre sobre as coisas que outros não podem ver. As pessoas gostam de ouvir histórias sobre coisas que elas não podem ver. Com a comida é a mesma coisa. Que importa não vermos o sal se a comida está saborosa?” O Tempero da Vida


segunda-feira, 27 de julho de 2015

Desapegando: O Grande Gatsby

Bom dia Pessoal!

Hoje começo o projeto Desapegando livros em Jaraguá.

Como funciona? 

Duas vezes por mês vou abandonar um livro em algum ponto da minha cidade.

E sempre postarei aqui,no mesmo dia a resenha do livro abandonado.

Escolhi um livro bem especial pra começar.

Esse exemplar achei no sebo de minha cidade há muitos anos, e como sempre ouvi falar dele, resolvi ler.

Devorei em dois dias, tamanha a curiosidade que a história me despertou

O  Grande Gatsby (1925) é considerado a obra-prima de F. Scott Fitzgerald. É um perfeito retrato dos loucos anos 20, nos quais o choque da “nova” modernidade se refletia numa juventude impactada pela guerra e pela revolução industrial.

Clássico obrigatório nas escolas americanas e um dos livros mais famosos do século XX, foi adaptado várias vezes para o cinema, a mais recente com Leonardo Di Caprio no papel titulo .

Considero o livro super bem escrito, uma delicia de saborear.

Somos apresentados a personagens frios, superficiais e vamos nos envolvendo com seus sentimentos, suas culpas e seus medos, nos prendendo na trágica história que se segue.

“... – esmagavam coisas e criaturas e depois se protegiam por trás da riqueza ou de sua vasta falta de consideração, ou o que quer que os mantivesse juntos, e deixavam os outros limparem a bagunça que eles haviam feito...” (pag. 239).



Aqui observamos o modelo do sonho americano, prosperidade, luxo, glamour, a era do jazz que marcaram os anos 20 em um pais que desejava esquecer a Guerra e todo excesso era permitido como uma celebração a nova década

Livro indicado para quem gosta de clássicos, e particularmente, adoro a critica social levantada pelo autor que permanece atual: os casamentos movidos por interesses financeiros, a futilidade de muitas pessoas de uma classe mais abastada, que vivem de festas, colunas sociais e brilho, mas são solitárias em seu dia a dia e os relacionamentos que desde o inicio, sabemos que serão superficiais, mas encaramos sem pensar nas consequências.

Adoro esses livros, em que odiamos alguns personagens e nos afeiçoamos a outros como se fossem pessoas reais. (Nojo eterno da Daisy)

Confesso que o rumo dos personagens ficou alguns dias em minha cabeça , e acho o final desse  livro , um dos trechos mais lindos da literatura que eu já li.


Sobre o autor:

Francis Scott Fitzgerald nasceu em 24 de setembro de 1896, em St. Paul, Minnesota, filho de irlandeses.
Ganhou fama após a publicação de seu primeiro livro, "Este lado do paraíso" (1920). Lançou "O grande Gatsby" em 1925. Faleceu em 21 de dezembro de 1940.
Também é autor dos livros "Belos e Malditos"(1922), "Contos da era do Jazz"(1922), "All the sad young men"(1926) e "Suave é a noite"(1934).
Viveu uma tumultuada e conhecida história de amor com Zelda Sayre, marcada pela loucura, muitas viagens e alcoolismo.


Local de desapego do livro:
Rua Marina Frutuoso, primeiro ponto de ônibus.


quarta-feira, 22 de julho de 2015

O Pop não poupa ninguém - Por Jean Marcel Peres

Oi gente!

Vamos falar um pouco de música?

Convidei o meu querido amigo Jean para falar um poquinho sobre o "Pop"

Ficou demais!

Confiram!

O Pop não poupa ninguém
 Por Jean Marcel Peres




Rock, Country, R&B, Blues, Disco, Jazz, Clássica, Gospel, Indie... São tantos estilos musicais que pode ficar difícil distinguir cada um. Mas será que eles têm alguma relação com a música Pop? A resposta certamente é: SIM! Na verdade, pode-se dizer que o Pop não é exatamente um gênero, mas uma divertida mistura de elementos dos mais variados estilos musicais.
A história da música Pop (ou popular) teve início por volta dos anos 30, antes mesmo do Rock, através do surgimento do Country e do Blues. Nesta época, estes estilos fizeram um enorme sucesso, pois eram fáceis de cantar e geralmente possuíam melodias animadas. Contudo, foi na década de 50 que o Pop realmente estourou. Com o surgimento do Rock, novos elementos foram adicionados às músicas, o que fez com que o estilo Pop ganhasse mais admiração e fizesse mais sucesso entre o público. Apesar de estar voltado ao Rock, Elvis Presley provavelmente foi um dos primeiros grandes ícones do Pop, devido ao seu grande sucesso e aos elementos utilizados em suas músicas.
Com o passar dos anos, fica perceptível a evolução da música Pop, já que esta vinha adquirindo novas formas, novas misturas e novos contextos, além de uma maior popularidade:
- Nos anos 60 começaram a surgir os ídolos dos adolescentes, como Bob Dylan, Carole King, Neil Diamond. Além disso, diversas músicas do The Beatles tiveram uma pegada Pop.
- Nos anos 70 surgiram artistas com influências mais Country, como o Eagles, o Pop Rock do Rod Stewart e ABBA, e as músicas com características Disco, como as do Bee Gees.
- Nos anos 80 surgiram dois grandes fenômenos do estilo até então denominado de Dance Pop: Michael Jackson e Madonna. Com o tamanho do seu sucesso, não é para menos que sejam considerados o "rei" e a "rainha" do Pop.
- Os anos 90 foram fortemente marcados pelas boybands e girlbands, aqueles grupos de quatro ou cinco pessoas, com músicas chiclete que não saíam da cabeça por nada. Spice Girls, New Kids On The Block e os Backstreet Boys são exemplos de sucessos desses grupos. No final dessa década também surgiram grandes nomes do mercado musical, como Britney Spears, Christina Aguilera, Jennifer Lopez e Rick Martin.
- A partir dos anos 2000 a música Pop perdeu um pouco da temática romântica e partiu para um lado mais sensual, com letras provocantes e batidas fortes. No cenário Pop dos últimos anos se destacam Lady Gaga, Katy Perry, Rihanna, Miley Cyrus, Justin Bieber entre diversos outros.
Existe uma infinidade de artistas que surgiram desde o início do Pop que fizeram um grande sucesso entre o público e, apesar de estarem diretamente ligados a outros estilos musicais, também podem ser considerados cantores Pop. Isso se dá pelo fato do Pop ser a música "popular" e possuir elementos de praticamente todos os gêneros. Até mesmo Mariah Carey já deu sua opinião sobre a música Pop, durante uma entrevista à MTV em 2014: "Para mim, Pop não é um gênero. Pop é o que é popular, em um determinado momento. Se o Hip-Hop é a grande coisa, tudo vai ser Hip-hop, e vai tocar nas rádios Pop".
Acredito que meu primeiro contato com a música Pop aconteceu no início dos anos 2000, estava no auge dos meus 10 anos ~ momento nostalgia ~.  Esperava ansiosamente pelo sábado para poder assistir o Clipmania na Band, com a Sabrina Parlatore, ou para telefonar e pedir os clipes pelo Disk MTV, sempre torcendo para que passassem os meus vídeos favoritos. Também ficava ligado com os lançamentos de CD's, pois não podia ficar sem os CD's do Malhação, os quais certamente fizeram parte da vida me muitas pessoas, com todas aquelas músicas que "bombavam" nas rádios.




Hoje, infelizmente, muitas pessoas ainda associam gêneros musicais com estereótipos. Além disso, a qualidade musical se tornou a quantidade vendida ou a posição das músicas nas paradas musicais, e não o que a música representa para as pessoas. Existem tantas músicas boas que não são sucesso, não são premiadas, mas que conseguem nos trazer tantas sensações boas, enquanto existem aquelas não tão boas que estão tocando em todos os lugares. Vendas, prêmios e sucesso não são sinônimos de qualidade musical.




É tão boa a sensação de conhecer artistas novos, independente do seu estilo. Atualmente, posso dizer que sou eclético em relação a estilos musicais e ando ouvindo muito R&B, Rock e Country, contudo, o Pop continua sendo o favorito. Ainda sinto aquela sensação boa de escutar uma música nova dos artistas que gosto, de comprar o CD e até de acompanhar a sua carreira. Na verdade, acredito que cada um tenha um pouquinho de Pop dentro de si, pois já que este não é um estilo propriamente dito, por que você não pode definir o que é o seu próprio Pop? O Pop pode ser feito por nós, pelo nosso mundo, pelos nossos sentimentos e pelo o que queremos ser. É da maneira que os Engenheiros do Hawaii já cantavam: "O papa é pop, o papa é pop! O pop não poupa ninguém".

domingo, 19 de julho de 2015

23° OSCAR – 1951 por Rodrigo Basilio

Oi gente!

Hoje vamos falar da edição do Oscar de 1951, uma das mais disputadas até hoje.
E quem escreve pra gente é o Rodrigo Basilio, uma pessoa super querida e que entende tudo de cinema!



And the Oscar goes to...



Primeiramente estou muito agradecido pelo convite do Carlos, para contribuir com este blog maravilhoso.

É incrível estar participando desse projeto, e falar de uma das minhas paixões:
O Cinema!


Vamos falar hoje de Oscar... a maior festa e premiação do Cinema, e para isso, eu escolhi um ano que pessoalmente acho uma das melhores edições da festa: 1951.

Começo com a categoria de melhor filme, os indicados foram: 

O Pai da Noiva
A Malvada
Crepúsculo dos Deuses
Nascida Ontem 
As Minas do Rei Salomão

Entre os indicados, dois são reconhecidos como clássicos e obras primas (A Malvada e Crepúsculo dos Deuses) e apresentam temas semelhantes, envolvendo historias de atrizes. Um voltado para o teatro e outro para o cinema.

A Malvada (detesto esse titulo, prefiro o original, que em tradução livre ficaria Tudo sobre Eve, bem mais adequado) foi o grande ganhador da noite, é considerado um dos melhores roteiros já escritos, cheio de frases antológicas e um humor acido e inteligente. 

Muita gente acha que "a malvada" do filme é Bette Davis, que ficou conhecida por papéis de vilã, mas nesse filme esse titulo cabe a Eve, personagem de Anne Baxter.

A história se baseia no típico caso de uma pessoa que se aproxima de outra fingindo amizade, mas cheia de segundas intenções; apresentando sentimentos de inveja e traição. 

O roteiro foi baseado no conto de 1946 "The Wisdom of Eve" de Mary Orr, embora não tenha sido creditado no filme, mas dizem as más línguas de Hollywood que o diretor e roteirista Joseph L. Mankiewicz que tinha mania de se inspirar em fatos do seu dia a dia e em confusões que ocorriam fora das telas para escrever seus filmes se inspirou em uma história famosa na época 

O comentário predominante em Hollywood, é que este filme com Bette Davis e Anne Baxter, foi inspirado pelo que acontecera anos antes, entre Tallulah Bankhead e Lizabeth Scott. Só que o filme não fazia qualquer insinuação a lesbianismo, coisa que os rumores diziam ter existido na verdadeira história. Quando os fatos ocorreram, a atriz teatral tinha 42 anos e Lizabeth apenas 22. 
Exatamente como Bette Davis e Anne Baxter em “A Malvada”.

Até esse ano o filme A Malvada era o recordista em indicações ao Oscar (14) ,  e ganhou seis estatuetas:

Melhor Filme
Melhor Diretor
Melhor roteiro adaptado
Melhor Ator Coadjuvante 
Melhor mixagem de som
Melhor Figurino - Preto e Branco

Demoraram 47 anos para que outro filme igualasse esse recorde de indicações 
(Titanic em 1998)

Até hoje detém o recorde de ter mais indicados em categorias de atuação: dois de Melhor Atriz (Bette Davis e Anne Baxter) e dois como Melhor Atriz Coadjuvante ( Celeste Holm e Thelma Ritter).
E o vencedor George Sanders como ator coadjuvante.

Vale lembrar que esse filme inspirou o autor Gilberto Braga a escrever a novela Celebridade.

O outro filme Crepúsculo dos Deuses trazia de volta as telas a estrela do Cinema Mudo Gloria Swanson,, é um filme metalinguístico, clássico Noir; escrito e dirigido pelo gênio Billy Wilder

O filme é uma homenagem e critica à sétima arte, cheio de referências e com muito requinte. Inicia se de modo nada usual, com um crime, um corpo boiando na piscina e uma voz em off começa a narrar a historia de Joe Gillis (William Holden), um roteirista fugindo de representantes de uma financeira que tentava recuperar seu carro por falta de pagamento e se refugia em uma decadente mansão, cuja proprietária, Norma Desmond (Gloria Swanson), era uma estrela do cinema mudo. Quando Norma tem conhecimento que Joe é roteirista, contrata-o para revisar o roteiro de Salomé, que marcaria o seu retorno às telas. O roteiro era insuportável, mas o pagamento era bom e ele não tinha o que fazer. 

No entanto, o que o destino lhe reservava não seria nada agradável.

Esse filme teve 11 indicações ao Oscar e acabou ganhando 03 estatuetas:

Melhor roteiro original
Melhor Direção de Arte - Preto e Branco
Melhor Trilha Sonora 


Apesar do  show de interpretação de Gloria  bastaria a cena final em que, desvairada, a personagem Norma Desmond "encarna" a Salomé, para que o filme ficasse eternizado na memória do cinema.


"Estou pronta para o meu close, Mr. De Mille” 



Outra polêmica histórica:  Judy Holliday leva a estatueta de Melhor Atriz pela comédia Nascida Ontem (Born Yesterday), desbancando Bette Davis e Gloria Swanson. Muitos acharam injustiça por acharem as demais atuações memoráveis e superiores.

Houve uma competição acirrada, alguns julgam que Bette Davis deveria ter levado o premio e colocam culpa no fato de o filme A Malvada apresentar duas atrizes concorrendo na categoria de Melhor Atriz Principal, o que pode ter dividido os votos. Afinal como esquecer Bette Davis mandando o recado: 

"Apertem os cintos, que esta vai ser uma noite turbulenta!"



O fato é que para os cinéfilos essa edição do Oscar é inesquecível e gera debates até hoje, o que prova que passados mais de 50 anos, os filmes sobrevivem na memória. Ou seja, um bom filme dura para sempre!


Eu não poderia esquecer... Marlene Dietrich roubou a cena ao chegar na premiação vestindo uma roupa que expôs suas famosas pernas (até o joelho).


sábado, 11 de julho de 2015

Livros especiais, por Francielly Agostini.

Oi gente!

A cartinha de hoje é de alguém muito especial, doce, querida e inteligente.
Vamos ver as dicas de leitura da Francielly ?


Olá Pessoal!

Tudo bem com vocês?

Fui agraciada por um belo convite do nosso amigo Carlos para estar escrevendo sobre livros e filmes. 
Vou fugir um pouco do padrão que os demais realizaram falando apenas de um tema, optei por descrever um pouco sobre os livros que até o momento marcaram de alguma forma minha vida. São livros que fizeram com que eu pudesse decidir momentos em minha vida, sou uma mulher que pensa muito no futuro e se angustia com a demora de algumas coisas e por outro lado agradece o tempo ser tão generoso comigo. Mas vamos lá:

O primeiro livro é Atitude – Justin Herald, este foi o primeiro livro que li após começar a minha carreira, - tinha 16 anos - este livro teve um significado especial, pois sempre me comparei muito com meus irmãos, homens já bem sucedidos na vida profissional e eu apenas iniciando, sonhava com o dia que estaria como eles e então minha tia Odila me deu este livro, e ele foi lido e relido algumas vezes. Hoje posso dizer que sonho muito, mas já sei como colocar em prática uma parte dos meus sonhos e saber que na vida corporativa cada um tem seu tempo e não existe uma receita pronta para todos.

O segundo é Onze minutos – Paulo Coelho – já ouvi muitas pessoas criticarem o autor, eu não o critico, pois cada um tem seu momento de literatura, uns se aprofundam e leem outros livros e outros ficam apenas nos do senso comum. Não recordo a idade que tinha quando li este livro, mas tomei-o emprestado da minha madrinha Jô, foi um livro que me ajudou como mulher, sabendo me valorizar, ser independente, confiar em mim mesma e principalmente em meus sonhos , correndo atrás deles. Após ele, li outros livros do Coelho, mas este foi o que mais me marcou. Após alguns anos vi o relógio de flores que esta no verso do livro – meio que realizando um sonho – onde passou um filme na minha cabeça  lembrando alguns detalhes do livro, muito gostoso e revigorante.

O terceiro é A menina que roubava livros – Markus Zusak – sou apaixonada por este livro, para todos meus amigos recomendo a leitura, foi o primeiro livro que li no formato e-book. Este livro me instigou a curiosidade pelo título e pela capa, pois a meu ver não há congruência entre as imagens. Depois veio a surpresa, a vivência de um drama, parecia que era eu a personagem, em seguida a angustia, felicidade e a tristeza. Este livro me fez enxergar mais o amor, amizade e a compaixão que existe entreos personagens que consequentemente podemos reportar para nossa realidade.

E o quarto O código Da Vinci – Dan Brown – este livro foi muito gostoso de ler, não recordo o período que estava de minha vida ou o que estava acontecendo comigo naquele momento, mas o que marcou no livro foi que primeiro assisti o filme e depois li o livro, algo que normalmente não acontece, mas depois do filme queria saber mais detalhes e decidi ler o livro, pra mim foi algo como a realização de uma das profissões que gostaria de ser quando criança : detetive de polícia,  e estas dicas e situações que aconteciam com os personagens me fascinavam e me faziam querer estar lá ajudando.

Este livro me ajudou na minha percepção e a seguir minha intuição muitas vezes.

Enfim, estes foram alguns dos livros que me marcaram. Poderia citar outros, mas preciso ser breve, pois precisamos deixar espaço aos demais amigos. Gostaria de agradecer imensamente novamente ao convite Carlos, você sempre foi e será um grande amigo meu e agora será do Luís Fernando tenho certeza. Um grande beijo no seu coração.


Francielly Agostini.