terça-feira, 26 de maio de 2015

O amor e o cinema

Oi gente!

Dia dos Namorados chegando, e resolvi fazer um Top 10 dos casais mais marcantes ( na minha opinião) do cinema.

Aguardo, nos comentários, a lista de vocês. :)


10) Rose e Jack - TITANIC

Por mais clichê que seja, impossível pensar em "casal"e "cinema" sem pensar nesses dois.
No auge do carisma dos atores  os personagens lutam por um amor condenado a não ser feliz.
Gosto muito desse filme, lembro que a primeira vez que vi eram duas fitas de VHS!!!!
Muitos dizem que não, mas acho que os dois tem um brilho no olhar, uma magia, que transmitem com muita emoção, aquela agonia, o desespero e a fulminante paixão. ( Léo merecia Oscar)



MARCOU: Pela trajetória cheia de reviravoltas, pela fama do filme e em especial, por me fazer entender o tanto que aprendemos com uma pessoa, e podemos ampliar nosso horizonte, nos transformando em humanos melhores quando amamos

"Se você pular, eu também pulo"


09) Kat e Patrick - 10 COISAS QUE ODEIO EM VOCÊ

Meu filme adolescente preferido. A eterna história dos opostos que se atraem, Heath cantando, os beijos cheios de fúria juvenil e paixão. A história clássica, adaptada aos dias de hoje, o elenco de coadjuvantes, fazem esse filme ser revisto de vez em quando pra matar as saudades.
E Heath Ledger! Tão vivo, cheio de esplendor, de calor. Um ator que foi embora cedo demais!

MARCOU : Porque estava no auge da adolescência e tudo que queria era uma paixão assim, cheia de amor, e até hoje me faz pensar o quanto é gostoso fazer uma loucura por amor independente de nossa idade. O que vale é demonstrar e amar.

"Odeio o modo como fala comigo e como mexe em seus cabelos".


08) Samantha e Theodore - HER

Estou imaginando vocês lendo isso e pensando: O Carlos pirou??? Mas esse nem é um casal "de verdade".!!!
Pra mim é , e digo mais: esse filme fala muito sobre o amor. Sobre o que realmente leva a gente a se apaixonar, a se envolver e a deixar alguém conhecer nossos sentimentos, frustrações e tudo que há de mais intimo dentro da gente. Lembro que quando sai do cinema depois de ver esse filme, estava com vontade de cantar e abraçar todo mundo, tamanha explosão de sentimentos, e muito amor que senti.
( Me julguem!)




MARCOU: Me fez pensar sobre o valor que damos as relações virtuais, ao material, ao que não está ao nosso alcance físico e como muitas vezes negligenciamos quem está do nosso lado, em todos os sentidos. Uma vontade de aproveitar mais os amigos, os abraços, os bares, as conversas e de respeitar ao máximo os amigos da internet. E como vivemos insatisfeitos e chatos demais.

"Nunca amei alguém da forma que amo você"

07) Grace e A.J. - ARMAGEDOM

Sei que muita gente detesta esse filme. Não consigo explicar eu adoro tudo: a história, a música, os erros e até Bruce Willis! Parece que tudo se encaixa, mas no fundo, sinto que é a história de um grande amor.
Aquela cena dos dois namorando, acho de uma delicadeza ímpar.



MARCOU ; A troca de olhares dos dois, o romantismo e a ideia de que, não importa que o mundo esteja acabando, a coisa mais importante será sempre amar e distribuir amor.
E a música do Aerosmith que inclusive ouço fazendo esse post. Detalhe: a trama romântica não existia na história original que era voltada ao personagem do Bruce Willis. Mas devido ao sucesso do Titanic, no ano anterior , resolveram capturar a platéia adolescente.

"I don't wanna close my eyes..."

06) Henry e Lucy - COMO SE FOSSE A PRIMEIRA VEZ

Choro toda vez que vejo. Adoro a Drew e acho um dos poucos filmes bons do chato do Adam Sandler.
Mas essa história conquista a gente de um jeito, uma entrega tão grande desse cara para conquistar a mulher amada. E todos os dias.
Os mecanismos que ele cria, a dedicação, fazem dessa uma das grandes histórias de amor do cinema.
Não sei porque sempre me renova a esperança em pessoas melhores quando vejo esse filme.




MARCOU : Me faz pensar o quanto é importante criar uma rotina agradável com quem amamos. De surpreender, fazer a pessoa se encantar, cada vez que conhece algo novo da gente. E ao mesmo tempo descobrindo coisas novas juntos, preservando as características que levaram as pessoas a se unirem.   E, sim, é possível amar a cada dia mais!

"Você poderia me dar um último primeiro beijo?"


05) Hazel e Augustus - A CULPA É DAS ESTRELAS

Confesso que não li o livro e fui de cara amarrada ao cinema, vendo as adolescentes histéricas.
E confesso mais: chorei do inicio ao fim ( tem até Anne Frank!!).
Atores com uma química super gostosa, roteiro sensível sem ser piegas, diálogos afinados com a moçada( não me incluo mais aqui) de hoje. E uma vontade de voltar a adolescência, ter aquela pureza da juventude.
O Love Story da nova geração.



MARCOU : Fui esperando ver algo meloso e chato e voltei pra casa com uma lição de vida, sobre amor e esperança. E com a cara inchada também. Vejam e se permitam.

"Você me deu a eternidade dentro dos nossos dias numerados"

04) Christian e Satine - MOULIN ROUGE

Vou me empolgar aqui. Além de ser meu musical preferido, e achar que Nicole merecia Oscar, ouço a versão de Love Song cantada no filme quase todo dia.
Nicole e Ewan explodem amor, desejo e desespero na tela, nessa história de amantes condenados a tragédia que se passa num estonteante cabaré.
Um balsamo aos olhos cansados, um suspiro ao coração, uma produção maravilhosa e para mim, inesquecível.



MARCOU: Porque o amor é tudo isso, Cores, música, luxo, sonhos, um elefante surgindo do nada, um turbilhão de sentimentos, rosas vermelhas, explosão de alegria e muita, mas muita pele!


"A coisa mais importante que você pode aprender é amar e ser amado em retribuição"

03 - Annie e Alvy - ANNIE HALL

Woody Allen sabe falar como poucos sobre uma relação amorosa. Com todas as neuroses, dúvidas, brigas e desapontamentos que elas nos causam. O lado não tão legal das coisas
Com todas as lições que não admitimos, mas aprendemos.
Com a gratidão por quem amamos e que por um dia ( mesmo que não seja o hoje) amou a gente.
E nesse filme, ele reúne suas referências e encontra uma Diane Keaton maravilhosa, soberba e apaixonante.



MARCOU :Pelos ovos. Por tudo.

Depois disso ficou muito tarde e nós dois tivemos de ir.Mas foi ótimo ver Annie outra vez. Percebi a pessoa incrível que ela é, e como era bom poder conhece-la. E lembrei daquela velha piada, sabe? O cara vai ao psiquiatra e diz: "Doutor, acho que o meu irmão enlouqueceu, ele pensa que é uma galinha."
"Por que você não o interna?" perguntou o médico. E o cara responde "Eu internaria, mas acontece que eu preciso dos ovos."

-Então eu acho que é mais ou menos assim que vejo os relacionamentos amorosos hoje: eles são totalmente irracionais, loucos, absurdos, mas a gente continua tentando porque...a maioria de nós precisa dos ovos


02) Ennis e Jack -O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN

Acho que é o filme mais belo, trágico e poético da lista.  Onde o amor luta com seu maior inimigo: a intolerância.
Na minha opinião o melhor trabalho nas telas de Heath ( quanta saudade desse cara)e Jake, essa história sobre os dois valentes caubóis, mexe com minhas emoções, com os meus pensamentos de uma forma única
O amor tão lindo, e tão combatido pelo preconceito. Coisas que vivemos todos os dias, todos os momentos.
Já é tão difícil encontrar alguém bacana, e, ao pensar que existem pessoas que me odeiam, podem me agredir e me matar, apenas por ser gay é assustador. E desolador.

Que o amor sempre vença!



MARCOU : Eu não consigo pensar em outra coisa a escrever que não seja: a cena final.

"Eu queria saber como te deixar"

01) Vivian e Edward - UMA LINDA MULHER

Meu casal preferido de sempre! A química entre os atores, a cena das compras, do piano, da opera.
Todas as fantasias idealizadas aqui nesse conto de fadas moderno. Porque quando amamos, todo sonho nos é permitido. Julia, linda como nunca, e Richard com seu charme grisalho, enchem a tela de sedução, conquista e um grande amor.



MARCOU : Nunca senti tanta alegria ate hoje, vendo outro romance.

- O que aconteceu quando ele subiu na torre e à salvou? - Ela o salvou também!” 


GOSTARAM?
COMENTEM!

BEIJOS E MUITO AMOR!















terça-feira, 19 de maio de 2015

Promoção Anne Frank.

Oi pessoal!

Gostei tanto das cartinhas que recebi na última promoção que resolvi fazer mais uma.

Vou sortear um exemplar do meu livro preferido, que li mais vezes , e que vivo presenteando as pessoas queridas.

O Diário de Anne Frank.

Pra participar é fácil:

Basta deixar aqui nos comentários, qual o livro que você gostaria que todo mundo lesse e por que esse livro é tão especial pra você.

A melhor resposta receberá um exemplar de O Diário de Anne Frank..

Não esqueçam de deixar um e-mail para contato tá?

O resultado sai no dia 31/05, aqui no blog, junto com a minha resenha sobre o livro.

Beijos!

domingo, 17 de maio de 2015

Resultado Promoção Cartas de Amor aos Mortos

Oi gente!

Muito obrigado a todos que participaram.
Foi lindo demais, muito amor, risadas e lágrimas.
E muitas lições aprendidas.

O ganhador foi o Alex Alexandre Costa ( em breve posto a fotinho da entrega do livro aqui)

Segue a carta dele!

Comentem!

Beijos!

1998, Março

Criança flor, sorrisos, paz, alegria, brincadeiras, abraços grátis, paixões eternas... Doce Infância.

A...., negra linda, sorriso doce. Uma menina que eu amei conhecer, minha colega de sala de aula. Sentávamos juntos todos os dias. Sua mãe vendia geladinho em casa. Lembro que era bem gostoso, matava a sede. Éramos crianças sem pecado, sem crimes. No lanche brincávamos juntos de todas aquelas brincadeiras que crianças brincam ate cansar, estar ao seu lado era maravilhoso, vivíamos cheio de alegrias, acho que esse era o efeito de cada vacina que eu tomei quando era criança. Nossos olhos brilhavam a cada dia, a cada momento juntos, uma paixão de infância que adormeceu comigo.

Lembra quando a nossa professora da terceira serie ficava chamando a nossa atenção? Na hora ficávamos quietinhos, mas depois lá estava nós conversando igual duas matracas  sem fim. Arlete, assim se chamava nossa professora, eu a adorava, cabelos cacheados, branca, estatura baixa. Tinha um poder na voz, acho que ela seria bom como sargento do exercito. Final da aula ia junto até a rua da sua casa, eu a deixava em casa, e partia para minha. Contava os minutos, as horas para chegar outro dia e ver ela de novo. Dentro de alguns dias conheci suas primas que sem eu saber era minhas vizinhas. Eu morava no morro e elas embaixo numa esquina. Era uma diversão eu me sentia o palhaço no meio do circo, aquilo sim que era vida, rir até doer a barriga, comer a merenda quantas vezes eu queria, descer e subir a escada da escola até cansar as pernas, correr no corredor, sem pressa de crescer, não querer ser adulto.

As horas foram passando com ela os dias e os meses. Aqui  estávamos nós estudando, se divertindo, sentia em A.... um amor enorme, maior que tudo, minha amiga para sempre. Terminamos a terceira série, final do ano, notas bimestrais, aprovações e despedidas. Vou ser sincero eu nunca gostei de despedidas, um adeus pode ser para sempre, me emociono fácil. Acredito que cada pessoa que você conhece você cria uma corrente, mesmo você não gostando dela, vai ter algo que vai te tocar. Vai ser levado com você até o fim de sua existência. Tudo se acabou, um ano novo iria chegar, assim como o sol depois de um dia chuvoso, vem clareando tudo.  Distanciamo-nos, pois ela foi estudar em outro turno, e eu não a via mais com tanta freqüência. Mas lembrava dela, sua imagem passava na minha cabeça como um trailer de um filme. Via seu nome escrito nos cadernos do ano passado eu se lembrava de tudo dos momentos inesquecíveis do seu lado.  Sem A....., a ausência veio como dor de cabeça sem fim, veio como dias nublados, triste. Tudo era estranho, vazio em mim e nos corredores da escola. As vezes nos encontrávamos na rua, no mercado do centro do bairro, ela continuava a mesma. Fiz novas amizades, mas ela era insubstituível. Depois de um tempo meus pais se separaram, junto com eles eu também separei dos meus irmãos escolhi morar com minha mãe na casa do meu avô. Foi trágico, eu nunca quis isso para mim, via meus colegas falando de separação, alguns moravam com os avós outros com o pai, sentia arrepios a cada história. Faltou maturidade dos meus pais,  pois não souberam ensinar a nós filhos a ter uma reação a essa nova fase de nossas vidas. Eu sofri vendo minha mãe chorando todas as noites, e sofria vendo meus irmãos sozinhos em casa tendo que se virar com os fazeres diários e meu pai trabalhando o dia inteiro.

Depois de um tempo mudamos de cidade, e quem eu deixei lá até hoje estão comigo para todo o sempre. Com o passar dos dias via eles nos meus sonhos e delírios, felizes, brincando na rua, realizando sonhos junto com suas famílias.

Um dia através de um telefonema soube que A.... tinha morrido num acidente de moto, perto de uma escola, não aquela que estudamos juntos. Ela já tinha constituído família. Ao desligar fiquei sem chão, arrepiado, fui para um canto e fiquei horas pedindo a Deus que cuidasse dela, que um dia eu quero encontrar ela para dar um abraço que eu não dei quando fui embora. Lagrimas que antes surgiam em cada momento feliz que passei com ela, veio com toda vontade, chorei. Quis vê-la nos meus sonhos, mas não consegui. É triste saber que uma pessoa que você amava morreu. Uma amizade também é um relacionamento, de amor e seriedade eu posso dizer que tive tudo isso com ela. 
A morte é traiçoeira, leva pessoas inocentes, leva sonhos e desejos, leva com ela vidas que ainda nem sorriram para esse mundo azul e verde. Única coisa que vence a morte é o amor. Por isso temos que viver até cansar, gozar a vida no ultimo volume. Desapegue-se de coisas que não te levam a nada como o dinheiro e a fama, no final vamos ser pó, e lembranças daqueles que vamos deixar.


‘’Na minha imaginação se passam filmes com suas alegrias, passam caminhos floridos, nuvens de algodão doce e perfumes das rosas, e você está ali sentada embaixo de um pé de maça. A...., onde você estiver, você vai estar bem, espero nos encontrar do mesmo jeito que te conheci no primeiro dia de aula na terceira série.’’

domingo, 3 de maio de 2015

Promoção Cartas de Amor aos Mortos



Oi gente!


Em um domingo do mês de Julho do ano passado, após o almoço, iniciei essa leitura recomendada por uma querida amiga, a Raquel do site Pipoca Musical. Terminei no mesmo dia, de tão deliciosa que essa leitura foi.
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Lembrando um pouco As vantagens de ser invisível, acompanhei essa viagem fascinante na vida de uma adolescente que acabou de perder sua querida irmã e luta para recomeçar sua vida, 

Por causa de uma tarefa escolar, ela começa a escrever cartas para seus (e meus) ídolos 

Tem cartas para Amy Winehouse, Kurt Cobain, Jim Morrinson, Judy Garland , Heath Ledger, dentre outros. 

E através das cartas vamos descobrindo mais sobre as suas dores e, inevitavelmente lembramos da nossa adolescência e sentimos saudades daqueles que já se foram, mas permanecem para sempre com a gente.

Devorei esse livro, entre risadas, saudades, músicas do Nirvana e lágrimas que são de alegria, por ler algo tão bom, delicado e inteligente.

Recomendo a todos que tem que lidar com alguma perda, uma saudade, ou seja: pra todos que forem humanos e tenham que lidar com sentimentos tão confusos.


Escrever ,para mim, é sempre uma maneira de me conhecer melhor e conseguir colocar os sentimentos em dia.

Por isso lanço aqui uma promoção aos meus leitores queridos.

Vou sortear um exemplar desse livro.

Para participar é simples:

Envie para o meu e-mail riegel.carlos@gmail.com, uma carta da sua autoria para alguém que já se foi.

Pode ser parente, amigo, artista... Escreva algo para essa pessoa especial para você.

Coloque também seu endereço no e-mail 

Vou receber cartas até o dia 17/05/ e escolherei uma para enviar o livro.

Boa sorte a todos e aguardo as cartinhas!

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Querida Maysa....



Carta aberta a Maysa.

Querida Maysa

Comecei a conhecer você, através da abertura de uma minissérie, chamada Presença de Anita, cujo o tema de abertura era uma música sua.


O tempo foi passando, fui deixando suas canções envolverem meus momentos de fossa e solidão, te admirando e tendo a certeza de jamais ter visto uma cantora com olhos tão intensos. 


Então foi produzida uma belíssima minissérie sobre sua vida e algum tempo depois adquiri uma biografia sua e tentei te desvendar.
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Por muitas vezes chorando, outras rindo. Outras bebendo. Sempre só. Numa multidão de amores. Como você que causou alegrias e tristezas as pessoas ao seu redor.


Assim como você, tenho problemas com peso, gosto de beber e sou sincero ( talvez não tanto como você demonstrava ser, mas o suficiente para causar olhares espantados).


Também tenho demônios aprisionados dentro de mim. Assim como você escrevo poemas secretos e amo muito poucas pessoas.

Eu sei, minha querida, o quanto é difícil subir uma escada, com o peso de um piano nas costas e pessoas em cada degrau, tentando passar a perna.


Você conhece muito o chão, caiu e se reergueu muitas vezes. Foi atriz, cantora, jornalista ,pintora, jurada, mulher , amante, amiga, inimiga, mãe. 

Viveu tudo o que quis. E como quis. 

Chegou a ser tudo. E a ser nada.

Você sempre viveu a frente do seu tempo cantando músicas "antigas". 


Era real, crua e obscena.

Uma biografia sua, que no fim, revelou tanto sobre mim.


Naquele janeiro de 1977 o mundo perdeu uma das pessoas mais talentosas que já o habitaram. 


Mas você sempre existirá nos olhos, daqueles que sofrem por amor. Que sentem o mundo cair. Que sabem que é preciso dizer adeus. Mas que não perdem a esperança e com o chegar da maturidade, sabem que é possível viver tudo de novo, uma nova chance ao amor e a si mesmo

E pra quem chorou , chorou, sua vida foi um chão de estrelas.

Obrigado Maysa. Por perder o nome e ganhar a fama. 


Por tentar. Por lutar. Por beber. Por cantar. Por expressar seus sentimentos. Essa foi sua missão.


A cada dia que passo tenho mais certeza, da importância de demonstrar o que sentimos e resolvermos os problemas, as diferenças, na hora em que elas surgem.

Nunca sabemos quanto tempo nos resta..


Uma vodca, uma lágrima e um abraço

Carlos Eduardo

quarta-feira, 22 de abril de 2015

A beleza do silêncio

Oi gente!

Tudo acaba, mais cedo ou mais tarde.”

Hoje vou falar de um filme que tem um espaço especial em minha memória afetiva.

Baleias de Agosto

As velhas irmãs Libby (Bette Davis) e Sarah (Lillian Gish) vivem juntas numa casa ampla no rochoso litoral do Maine, onde costumavam passar o verão desde a infância, sempre de olho nas baleias que aparecem em agosto. Agora Libby está cega e Sarah precisa cuidar dela. Ambas vivem de recordações da família, dos maridos e dos amigos. O sr. Maranov (Vincent Price), um velho nobre russo fugido da Revolução de 1917, passa a visitá-las, mas é rechaçado asperamente por Libby, que teme que ele apenas queira se instalar na casa delas para aproveitar o pouco de dinheiro que ainda possuem. ( Fonte Adoro Cinema)



Lançado no ano de 1987, essa história trás alguns dos maiores ícones do cinema de todos os tempos, um elenco magistral. Teve indicação ao Oscar( atriz coadjuvante) e foi o último grande trabalho notável de Bette Davis ( que faria A Madrasta em 1989).

Cheguei até a esse filme, quando estava estudando e conferindo a filmografia de Bette, que considero a melhor atriz de todos os tempos. E confesso a vocês que quando acabei de ver, fiquei algum tempo em silêncio, sentindo uma emoção profunda. Com uma vontade louca e urgente de abraçar família e amigos.

Focado no relacionamento entre as duas irmãs e com uma belíssima fotografia, o filme pode parecer para alguns, um pouco tedioso, silencioso demais. Mas Bette e Lillian provam aqui, que uma excelente atuação não tem idade e que basta se entregar ao personagem para conseguir fisgar o público.

Um filme sobre família e a finitude do tempo. Pensei muito em como, na correria em que vivemos hoje, esquecemos de valorizar o que temos de mais importante ao nosso redor: as pessoas, as relações humanas.

Foi uma grande despedida das telas para essas mulheres corajosas e por momentos, passamos a misturar personagens e atrizes, uma vida de glória, o fim que se aproxima, a necessidade de deixar uma marca.

Um personagem maravilhoso Tisha Doughty ( Ann Sothern, também em seu último papel) que trás um alivio cômico a cena e nos mostra que não existe idade para a felicidade, o humor sempre ajuda, mesmo quando o tempo parece escapar.

Um colírio aos olhos cansados, uma mensagem positiva, uma necessidade de examinarmos a maneira com que tratamos os outros , principalmente aqueles que estão mais perto da gente.
De procurar transformar o passado em lembranças, mas não ficar amarrado a ele, pois o fio condutor da vida é sempre o que vem adiante, mesmo sabendo a incerteza da duração desse tempo.

De sempre ter uma palavra amiga, de resolver conflitos no momento em que são criados.

Um dos mais belos filmes sobre a velhice, que nunca cai em um melodrama barato.



Uma interessante reflexão sobre o relacionamento entre irmãos. Costumo dizer que nossos irmãos são os amigos que a vida nos impõe e que muitas vezes por besteiras, viramos inimigos, por pura competição e ego. Mas serão quando em uma relação sadia, por mais diferentes que sejam, nossos mais fieis confidentes.

Vejo por mim e pela minha irmã. Conforme os anos se passam, vamos ficando cada vez mais parecidos, agindo da mesma maneira e sempre escutando as histórias e sentimentos, um do outro.

Minha irmã é uma pessoa que é sinônimo de alegria, descontração, empatia. Tenho nela uma das minhas fontes de inspiração e alegria, além de que, ela me deu o presente mais lindo do mundo, a Lais.

Seja pelo fato de ver uma Bette idosa, mas ativa, uma bela fotografia ou por mostrar um tema que eu adoro por ter uma irmã tão maravilhosa, é um dos filmes da minha vida.

Independente da nossa idade sempre devemos prezar o companheirismo, a sensibilidade, a gentileza e o respeito.

Confiram, se emocionem e reflitam sobre como ocupam o tempo com as pessoas que vocês amam.

Um beijo!


domingo, 19 de abril de 2015

Para sempre Holly Golightly

Oi gente!

A imagem para ilustrar essa carta  poderia ser um dinossauro. 

Afinal, meu celular é o Nokia do jogo da cobrinha ( sem internet e aplicativos) , não baixo música nem filme . uso mouse para o notebook e adoro colecionar DVDs

Mas a carta de hoje é uma história curiosa onde conto como a tecnologia me ajudou!

Atualmente estou lendo A Sangue Frio, de Truman Capote e lembrei esse fato que aconteceu no inicio do ano passado. Mas para entender melhor, vamos voltar um pouco mais no tempo

Uma madrugada fria em 2001, zapeando pela TV, com insônia, vejo que vai começar um filme e resolvo dar uma chance. A atriz era linda e parecia um filme bonito, bem feito. Acho que talvez ali que tudo começou. 


A paixão por Audrey Hepburn, a paixão por Bonequinha de Luxo. Gosto tanto desse filme e poderia ficar horas contando para vocês, mas é uma dessas paixões que não se explicam. 

Invadem a gente e tomam conta, chegam pra ficar. Aquele filme especial, aquele livro marcante, aquela cena de cinema.. As nossas referências culturais

Na época eu não tinha computador em casa, mas estava fazendo curso de informática, e já tinha diploma do curso de datilografia, ou seja sou praticamente um Tiranossauro Rex.

Na outra semana durante o curso, fui pesquisar sobre o filme e descobri que era baseado em um livro de um escritor chamado Truman Capote. Então, loucamente começou a procura por esse livro, na biblioteca pública da minha cidade não tinha, e eu ainda nem sonhava em compras pela internet, desisti. 

O tempo foi passando, novas paixões culturais surgiram e um belo dia achei o DVD do filme no sebo que frequento toda semana e  no meu aniversário  ganhei a edição comemorativa do filme, uma caixa linda com DVD, blu-ray, cópia do roteiro e fotos. e novamente comecei a procurar o livro. Descobri que não era mais lançado, só achava em sebos virtuais ( por um valor muito caro) e então o dinossauro que vos escreve se rendeu

Pela primeira vez baixei um livro pela internet, fui a uma gráfica, encadernei e comecei a viagem.
Apesar de ser uma tradução portuguesa, viajei numa das mais belas histórias que li

Mais do que isso, me apaixonei brutalmente por Holly, mas por outra Holly! Não a figura doce do cinema, com sua piteira, aquela imagem que todos nós já vimos uma vez na vida.

A Holly do livro. Bissexual, doce, evasiva, divertida que ama Nova York e tenta achar seu lugar no mundo. Que mete os pés pela mão, que choca, que enfrenta e quer apenas um lugar que seja como a Tiffany.

Como todos nós, Não que nós desejamos a Tiffany, mas queremos o nosso lugar.

Queremos sentir tudo, amar, ser acolhidos. Queremos um nome. E com pressa, com violência por estarmos num mundo tão conectado de tudo e desconectado de emoções, sentimentos, abraços, pele.
E quando achamos, sentimos tanto medo dessa tal estabilidade que as vezes fugimos, fazemos besteiras.

Somos animais selvagens, nossos anseios não podem ser domesticados.
Bem escrito, emocionante, sincero e brutal. Viajamos pela fria cidade e pelos quentes sentimentos dos personagens, um pouco amorais, mas completamente humanos. Com aquela ironia e charme de Capote.

Diferente do filme, que foi transformado em comédia romântica e promoveu revoluções na moda ( o vestidinho preto básico) no cinema ( uma prostituta protagonista em um romance!) e no comportamento das pessoas. 
Marilyn Monroe era a preferida de Capote para o papel que eternizou Audrey. ( logo farei uma carta exclusiva para Audrey Hepburn) 

E Holly cantando Moon River? Acho o momento mais doce do cinema.


Para entender o impacto do filme e conhecer os bastidores sugiro a leitura de Quinta Avenida, 5 da Manhã - Audrey Hepburn, Bonequinha de Luxo e o Surgimento da mulher moderna de Sam Wasson.
Um livro completo que nos ajuda a entender o contexto da época. 


Que venham novas paixões, mas para sempre Holly , Audrey e Capote me acompanharão. No coração e na memória, Um livro e um filme com diferenças, mas essenciais em minhas preferências.