domingo, 5 de julho de 2015

Cazuza, por Maicon Voltolini


Oi gente!

Continuando o projeto em que convidei alguns amigos para escrever, hoje posto um texto muito especial.
Pedi pro Maicon, um amigo super querido, escrever sobre um cara que me inspira e é meu compositor/cantor preferido : Cazuza.

O Maicon era a pessoa certa para fazer isso. Dono de um gosto musical incrível, um cara que só indica livros e filmes bons e com uma escrita agradável e gostosa de ler.

Confiram!

Me encontrei com ele hoje
( Maicon Voltolini) 

Cazuza aproveitou a vida, isso é inegável. Mordeu a maça com dentes afiados, poesia, rimas e metáforas. Metáforas essas que eu levo pra vida, onde transformo o tédio em melodia. Cazuza era meio bossa nova e um montão de rock n’ roll, não foi por acaso e embarcou num trem para as estrelas, sem explicar direito o caminho e pousava de star.

Desde criança Cazuza esteve presente na minha vida, ouvia-o na rádio e minha mãe sempre foi apaixonada pelas músicas deles, a verdade é que mesmo assim eu nunca dei muita bola, eu preferia os camaleões do rock americano e inglês, a MPB e o rock nacional ainda não haviam tocado minha alma. Admirava-o, porém simplesmente não colocava um disco a tocar, mas como tudo tem seu tempo, grandes obras precisam de tempo e um certo Q de maturidade pra embalar. Foi assim também com David Bowie e tantos outros.



Cazuza tocou minha alma na bela ilha de Santa Catarina, estava eu indo pra rodoviária pegar o ônibus que me levaria para a minha cidade e no carro que eu estava começou a tocar O Tempo Não Pára, com maestria e voz daquele que sabia escrever poesia como ninguém. Esse momento foi crucial, cheguei em casa peguei a discografia dele e me pus a ouvir, repetidamente até que meu coração chorasse. Foi uma paixão em segundo tempo, avassaladora e sem volta. Dia após dia passei a ouvir a obra dele, conheci sua história efervescente e me rendi, me faz tão bem quanto água de coco em veraneio. Passei então a admirá-lo e se tornou um dos meus artistas preferidos e mais ouvidos, a todo ouvido, dias sim – outros também.

Parece demagogia, mas hoje não existe outro grande artista que toque minha alma como ele, suas letras são como sussurros aos meus ouvidos, lágrimas do meu coração, calor em dias frios, companhia para uma taça de vinho em dias angustiantes.

Ironia ou não, tive esse ano a oportunidade única de assistir ao espetáculo que conta sua história também na ilha de Santa Catarina, tive então a sensação e a certeza que ele entrou na minha vida pra ficar, abrindo e fechando ciclos da minha história – mais azul pela doce presença das palavras e voz dele. Vida louca Vida.


Um comentário:

  1. Uau! Cazuza grande artista... e Maicon um daqueles fãs da essência.

    Lindo! Aplausos <3

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